Tudo pela arte!Fabrício Boliveira, que interpreta o personagem Roberval, um dos antagonistas da novela "Segundo Sol", assim como Vladimir Brichta engordou 8 kg para viver o vilão Remy no folhetim, o ator baiano explica em entrevista ao Purepeople que também precisou moldar o seu corpo para o personagem. "Eu precisei engordar 10 kg para fazer um filme antes de gravar a novela. Foi o "Breves Miragens". Fui chamado para fazer a novela e eu estava muito barbudo, em outra energia, foi superdifícil entender que em torno de um mês eu teria que me transformar inteiro. Eu já trabalho com uma equipe forte. De nutricionista, preparador físico, que já me acompanham nos trabalhos que eu faço, então foi um carnaval sem beber. Devo ter emagrecido até mais do que os 10 kg em 1 mês e meio. Eu sou meio obsessivo nas coisas que eu quero. Nessa busca de personagem... Então vou tentando cercar ele inteiro até esperar ele vir. Então é preparação hard! Treinamento diário, alimentação, isso para o corpo. Mas eu li bastante! Li um sociólogo brasileiro chamado Jessé de Souza e muito ensaio".
Místico! Assim como Alice Wegmann relaciona a astrologia com a sua personagem em "Onde Nascem os Fortes", o ator entrega que gosta de estudar mais a fundo os signos e que aproveita alguns dos preceitos do candomblé. "Gosto de astrologia, gosto bastante de macumba, mas não tem uma religião que me interessa. Não me interessa saber do futuro, eu sou muito conectado com o presente. Eu sou bastante do presente. Estou no aqui e agora. A astrologia eu uso como uma forma de autoconhecimento. Mas a macumba uso como conhecimento do personagem".
No ar como um empresário de diversas nuances em uma trama que tem como um grande conflito a situação de um cantor de axé que mente sobre a sua morte por 18 anos, Fabrício conta como o candomblé o ajuda na composição do personagem. "O candomblé tem uma relação muito linda com a natureza, como também tem outras religiões que eu vou lá, bebo um pouquinho, apesar de não ter nenhuma, mas eu gosto de construir meus personagens com orixás. Todos eles têm um orixá de cabeça. Eu queria abrir um jogo com as pessoas que vão assistir para ver se elas descobrem. A história dele não é de vingança, é de transformação. Fica a dica aí, é um orixá ligado à transformação! O pessoal da novela chamou Bruno Baltazar, que é um professor de candomblé, que estuda mitologias africanas e esse cara chegou e falou na lata: "Você é tal coisa". Até o figurino da segunda fase foi escolhido pensando no arco-íris. Pronto, deixei outra dica".
(Por Helena Marques)