Dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) mostram que mais de 10 milhões de empreendimentos no Brasil são liderados por mulheres. Elas têm buscado o empreendedorismo para alcançar a autonomia e liberdade financeira. Os números mostram a importância delas para o mercado, e dentro desse mercado um está em crescimento: o digital.
A empresária Letícia Felisberto, criadora da UH (Universidade dos Homens), está entre as mulheres que viram no empreendedorismo digital um meio de trilhar o próprio caminho e conquistar sua liberdade financeira.
"Quando lancei a UH, pensei em uma forma de aproveitar o público que já tinha em empreender com isso. Então, meu conselho é: antes de seguir com um modelo de negócio, é necessário entender quem será seu consumidor. Diante disso, percebi que transmitir o que eu sabia aos outros seria a opção mais viável. Por isso, acredito que segmentar seu nicho é o passo inicial para começar o próprio negócio. Nessa segmentação é importante saber quem é seu público, idade, dor, desejo, e assim criar uma comunicação assertiva", diz.
"Outro ponto importante é definir qual será o produto lançado e quais serão suas metas com ele. Você pode criar um curso, e-book, mentorias, entre tantas outras opções. Depois, estabeleça o tempo e onde quer chegar, assim será mais fácil focar e ir atrás dos seus objetivos", acrescenta.
Letícia pontua ainda que essa pode ser uma forma de lidar com a desigualdade salarial. Ela relembra uma pesquisa da CNN que apresentou o fato de as mulheres ganharem 19% a menos que os homens nas empresas. Por isso, o empreendedorismo surge como uma necessidade para mudar essa realidade.
"Quando optamos por sermos donas dos nossos negócios não mudamos apenas a nossa vida, mas de outras mulheres que se inspiram em nós para fazer o mesmo. Contribuímos até mesmo com mudanças dentro do mercado. Afinal, quanto mais mulheres em postos de lideranças, mais poderemos mudar a realidade das que ainda não chegaram lá", afirma.
"Mulheres empreendedoras mudam paradigmas. Não digo ser um caminho fácil, mas é uma forma de investirmos em nós mesmas. O empreendedorismo vem como uma chave para provocarmos mudanças necessárias no mercado de trabalho. Hoje, eu como mulher, consigo crescer como empresária e, inclusive, mostrar aos homens que é possível que eles aprendam conosco", declara.
