Gloria Perez usou sua conta de Instagram para lembrar que nesta terça-feira (11) seria aniversário da filha, Daniella Perez. A atriz foi assassinada em 28 de dezembro de 1992, em matagal na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. "Por 22 anos esse foi o dia mais feliz em nossa casa", iniciou a autora de novelas como "América" - cuja estreia completou uma década neste ano - ao compartilhar fotos da filha em vários momentos da vida.
"Hoje não temos festa: só saudade. São 23 anos sem ela. O mundo mudou tento e ela não viu. Não conheceu a internet, o celular, os avanços da ciência e da tecnologia, não teve seus filhos nem viu nascer seus sobrinhos - não viveu o que sonhou viver", acrescentou a novelista responsável por "Caminho das Índias", atualmente em exibição no "Vale a Pena Ver de Novo".
No seu desabafo, Gloria não deixou de citar os condenados pela morte de Daniela. "Para os dois psicopatas (Guilherme de Pádua Thomaz e Paula Thomaz, hoje Paula Nogueira Peixoto), saiu barato", finalizou ela que já havia homenageado a herdeira, há dois anos, na mesma rede social. Ela recebeu o apoio de internautas. "A vida sozinha dá o troco", disse um. "A Dani está em um plano melhor, olhando e cuidando de todos vocês!", escreveu um segundo. "Paz e muita luz para ela!!!", pediu outro.
'Escrevi para continuar vivendo'
Quando foi assassinada, Daniella interpretava a Yasmin da novela "De Corpo e Alma", de autoria de Gloria. E a autora buscou no trabalho uma forma de superar a morte da filha. "Eu não voltei (a escrever) no dia seguinte, mas 15 dias depois. Voltei a escrever para continuar vivendo", declarou a vencedora do prêmio "Melhores do Ano", em 2013.
"Ou me acabava ou me mantinha em pé. E tinha que ficar em pé. Terminei a novela de qualquer jeito, com esse vínculo de escrever o capítulo e sair correndo atrás de testemunha, de tudo que tinha que resolver nesse caso. Escrevi pela técnica, a cabeça não estava lá. Sei lá como, Deus sabe. Porque senão eu ia bater a cabeça na parede e aquilo me prendia ao real, no cotidiano", acrescentou a autora, que se emocionou durante missa em memória da filha, em 2012.
(Por Guilherme Guidorizzi)