O Oscar, premiação ancorada por Miguel Falabella e Christiane Pelajo, que substituiu Maria Beltrão, foi marcada pela gafe histórica ao errarem o vencedor de Melhor Filme. Brian Cullinan e Martha Ruiz, responsáveis pelas maletas com os campeões anuais, foram apontados como os culpados pela falha e foram definitivamente afastados de prestar serviços à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Ao entregar o envelope com o vencedor da categoria, os dois estavam distraídos e deixaram que anunciassem "La La Land" em vez de "Moonlight", no último domingo (26).
A desatenção aconteceu nos bastidores do Oscar, quando Cullinan estava no Twitter anunciando a vitória de Emma Stone (de longo dourado no red carpet) como Melhor Atriz do ano. Em seguida, com a estatueta em mãos, ele entregou aos apresentadores da noite, Warren Beatty e Faye Dunaway, o envelope com a categoria anterior que continha o nome da artista e seu longa ao lado, o "La La Land".
A presidente da Academia norte-americana quebrou o silêncio quatro dias depois da falha. Boone Isaacs disse à agência Associated Press que o relacionamento do evento com a Price Water House Coopers, encarregada da contagem dos votos e de revelar os vencedores dos Oscar há 83 anos, permanece sob avaliação. A PwC divulgou um comunicado no final da noite de domingo e outro na segunda-feira (27) nos quais assumia "toda a responsabilidade pela série de erros e quebras dos protocolos estabelecidos" durante as cerimonias dos Oscar.
A presidente ainda enalteceu os apresentadores, Beatty e Dunaway, e o anfitrião Jimmy Kimmel, por terem contornado a situação de maneira tomado conta da situação de forma tão elegante. Além disso aplaudiu o produtor de "La La Land", Jordan Horowitz, por ter passado de "nomeado a vencedor e depois a apresentador em questão de minutos". O mesmo, ainda com o troféu em mãos, foi o primeiro a anunciar "Moonlight" como ganhador.
(Por Rahabe Barros)