"Estou convicto que estamos começando um ano que vai mudar para sempre a forma que o futebol feminino é visto", aposta Gianni Infantino, presidente da FIFA, ao destacar a relevância da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019, que acontece na França, de 9 de junho a 9 de julho. Em um artigo escrito para a revista de fevereiro da entidade, ele destaca a importância da modalidade que, como já contamos, será um evento imperdível e contará com muitos talentos brasileiros. O dirigente acrescenta estar ciente sobre a enorme lacuna entre o futebol feminino e o masculino, mas que a modalidade, ao contrário do que muitos falam, não é do futuro, e sim, do presente.
"Muitas pessoas cresceram tão acostumadas a tratarem o futebol feminino como um ator coadjuvante sempre em desenvolvimento, que elas podem estar perdendo a atração principal", afirma Gianni Infantino, que, apesar de saber que o futebol feminino ainda tem muita diferença em relação ao masculino, acredita e afirma toda a potência que as mulheres têm no esporte. O presidente da FIFA adianta que uma das metas da entidade até 2026 é que o mundo tenha 60 milhões de jogadoras - e que tal se inspirar desde já nas 11 craques da Seleção Brasileira?. "Apesar de o futuro prometer, claramente, muito em termos de crescimento e sucesso, o futebol feminino é um jogo do presente. Eu não consigo pensar em um momento que mostre melhor isso do que agora, 2019. Desafio qualquer um a assistir às 52 partidas da Copa do Mundo desse ano e chegar a uma conclusão diferente. Eu tenho quase certeza que a reação daqueles que não estão muito familiarizados com o futebol feminino vai ser de admiração do quão longe a modalidade já caminhou e quão incrivelmente alto o nível do jogo já é", concluiu ele enfatizando o talento das atletas.
A Copa do Mundo tem vários motivos para atrair público. Além da presença das melhores jogadoras do mundo, incluindo nossa Rainha, a camisa 10 Marta Silva, a atenção que o futebol feminino tem recebido nos últimos anos é um fator de peso e mostra que as meninas não devem em nada no quesito talento aos homens e merecem notoriedade à altura. Pela primeira vez, todos os jogos da seleção feminina do Brasil ao longo do mundial serão transmitidos, ao vivo, pela Globo, que se prepara para, assim como no Mundial masculino, escalar uma cobertura de feminina de peso. A última edição da Copa bateu recordes não só de público (1 milhão e 300 mil pessoas foram aos jogos da Copa de 2015, no Canadá) como de audiência (a final do mundial de 2015, entre os EUA e o Japão, foi o jogo de futebol mais assistido na história da terra do tio Sam). Ou seja, por esses dados, realmente 2019, tem tudo para ser o ano que vai mudar a maneira como o futebol feminino é visto.
(Por Anna Wery)