
O Papa Francisco, aos 88 anos, recebeu o diagnóstico de infecção polimicrobiana, conforme declaração emitida pelo Vaticano nesta segunda-feira (17). De acordo com informações contidas no comunicado, o representante está internado desde a última sexta-feira (14), no Hospital Gemelli (Roma).
O 266º pontífice da trajetória do catolicismo, assumiu o posto de Bento XVI em 2013, e já está como Papa há quase 12 anos. Segundo boletim médico:
"Os resultados dos testes realizados nos últimos dias e hoje demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório, que levou a uma nova modificação da terapia.", disse um trecho do informativo.

Até o momento, não há previsão de alta, diante do quadro de saúde do Papa Francisco: "Todos os exames realizados até o momento são indicativos de um quadro clínico complexo que exigirá internação hospitalar adequada", concluiu. As informações foram publicadas pelo G1.
Para explicar sobre a a condição de saúde vulnerável do Papa, que já chegou a apresentar sintomas de bronquite no início do mês, e passou a palavra para seu assessor nas últimas semanas, Dr. Vinícius Carlesso, médico especialista em Cardiologia e Clínica Médica falou a respeito da situação.
A infecção polimicrobiana trata-se de uma moléstia que envolve a presença de vários agentes causadores de inflamações nas vias respiratórias. Logo, dentre os sintomas, podem ser verificados tosse, febre e dores no peito.

Diante de relatos da Santa Sé, o Papa estaria de "bom humor", teria dormido bem e se alimentou normalmente na hora do café da manhã, nesta segunda-feira.
Ainda, de acordo com informações enviadas à imprensa, o especialista deixa claro que o problema do Papa Francisco tem agravantes:
"Trata-se de uma infecção mais complexa, pois há a multiplicidade de microorganismos envolvidos, ou seja, não é apenas um agente, são vários, o que pode dificultar um pouco o tratamento e aumentar o tempo de recuperação", frisou Dr. Vinícius.

Além disso, o Dr. Carlesso destacou que, com a idade e o envelhecimento, o organismo dos seres humanos começa a responder de maneira menos eficiente à infecções. Sendo assim, o histórico de saúde do Papa, que retirou parte do pulmão direito há mais de 60 anos, requer inúmeros cuidados:
"Em idosos, o sistema imunológico perde parte da sua capacidade de resposta, o que torna necessário tratamentos mais incisivos para combater o problema de forma mais eficaz.", declarou.