Afastada da carreira de atriz por conta da luta contra a esclerose múltipla, Claudia Rodrigues se prepara para um tratamento de alto custo na Flórida, nos Estados Unidos. "Estou bem animada. Vou me curar. Essa cirurgia vai sarar minhas sequelas. É genial", disse à colunista Patrícia Kogut, do jornal "O Globo".
Namorada de Claudia, a empresária Adriane Bonato explicou como será o procedimento. "É uma cirurgia nova, que promete uma melhora de 80% nas sequelas. Há pessoas que já não andavam mais, usavam scooter... Elas fizeram essa cirurgia e voltaram a andar. Assim como gente com um monte de dificuldades, que usava sonda e tinha visão e fala comprometidas", falou.
"O médico descobriu que pessoas com doenças degenerativas têm o canal entre os olhos, acima do nariz, obstruído. Então, não há refrigeração para o cérebro. As células vão morrendo. Com essa cirurgia, ele mapeia o corpo, vê o que falta de vitaminas etc, para poder equilibrar a pessoa", comentou.
O procedimento está marcado para acontecer entre o mês de março e abril de 2023. "Depois da coleta dessas informações, o paciente fica dentro de uma máquina, como se fosse um forno, com um capacete que recebe ondas eletromagnéticas, estímulos neurais. Ao mesmo tempo, é injetado um coquetel com tudo o que a pessoa precisa", relatou Adriane.
"É tudo feito através de um software. Há regeneração do que foi degenerado. A melhora é instantânea. Ele dá um reset, o corpo volta ao que era, com tudo equilibrado. Não tem anestesia, não tem corte. Nada invasivo. São três etapas, três dias seguidos fazendo isso. Mais dois dias de observação. No sexto, vem a alta", contou.
O custo do do tratamento varia de 36 mil a 50 mil dólares (algo em torno de R$ 187 mil a R$ 260 mil pela conversão atual). "Estou negociando o pagamento. Claudia já colocou alguns imóveis à venda. Vamos fazer outras coisas para angariar fundos. Ela vai fazer essa cirurgia", garantiu.
"Só precisamos adaptar o pagamento. Até porque, tendo a melhora esperada, ela vai voltar a fazer o que mais gosta, que são os espetáculos dela, e vai voltar a ganhar dinheiro. Eu também volto a trabalhar. E a gente paga isso", declarou.
O novo tratamento da atriz não consiste em cirurgia e sim em uma modulação térmica do paciente através de processos de hiperthermia e hipotermia avançados guiados pelo cérebro. A sessão tem valor que pode chegar a 50 mil dólares (o custo varia de acordo com a condição do caso e do estado do paciente).
Por ser não invasivo, não é necessário tempo de recuperação. Tampouco ele precisa passar a noite no hospital, porém é necessário comparar à unidade por cinco dias seguidos. O "Túnel Térmico Cerebral" foi descoberto pelo dr. Marc Abreu e é uma medição contínua e não invasiva da temperatura cerebral.
Assim foi desenvolvida ainda uma tecnologia que permite tratar tanto a hiperthemia como a hipotermia. E o tratamento só é possível após vários testes. Os portadores de Esclerose Múltipla são submetidos a hipothermia avançada e guiados pelo cérebro pois apresentam danos na bainha de mielina no cérebro. Com o resfriamento, essas bainhas são restauradas.