Depois do transplante de células-tronco, Claudia Rodrigues contou que mudou os hábitos alimentares. "A alimentação é totalmente controlada, pois algumas substâncias tendem a ativar a doença, como o glúten e derivados de leite. Por isso, virei quase vegetariana, com consumo de peixes e ovos, e não coloco mais uma grama de açúcar no estômago. Já emagreci cerca de quatro quilos e troquei quase toda a gordura por massa magra no meu corpo", explicou à revista "Contigo!".
Claudia, que sofre de esclerose múltipla, também disse que modificou o rotina fitness. "Aqui na clínica, a minha rotina é quase de um monge. Minha vida mudou muito e para melhor. Acordo cedo, por volta das seis da manhã, e faço 1 hora de caminhada na piscina, depois alongamento e várias terapias feitas com água, para estimular a minha musculatura", disse.
Claudia, exibindo o cabelo maior após raspar cabeça, falou ainda da sua reação ao transformar o visual. "Na verdade, eu queria ficar careca. Era uma curiosidade minha e aproveitei a oportunidade para descobrir. A preparação para o transplante exigiu algumas sessões de quimioterapia e, consequentemente, perdi um pouco de cabelo. Um dia, acordei com um tufo nas mãos e pedi para a Adriane raspar. Foi lindo, eu me diverti, senti cócegas e, ao me ver no espelho, me achei muito bonita. Agora que os fios estão crescendo, pretendo voltar ao corte chanel", adiantou.
Se mostrando otimista, Claudia afirmou que tem fé na cura definitiva. "Medicinalmente falando, a esclerose múltipla não tem cura, mas existem casos de recuperação extrema com o transplante. Meu equilíbrio está muito melhor, antes não conseguia ficar em pé nem dez minutos e, agora, faço alongamento, sem apoio ou ajuda, durante uma hora. É um milagre! Acredito que meu progresso na escala da esclerose se deve ao tratamento na Cevisa. Ainda existem células-tronco ativas no meu cérebro e isso me dá muita esperança. Quero ficar aqui até voltar ao trabalho e, com certeza, estarei 100% até lá".
Contudo, Claudia garantiu que está focada em si mesmo: "Não sinto falta de um companheiro. Passei por tanta coisa sozinha, com a minha filha, que consigo dar conta de tudo. Estou focada nos meus trabalhos, na cura, no meu bem-estar e correr atrás de alguém está fora de cogitação. Se aparecer um homem bacana, seria legal, mas, definitivamente, não estou procurando ninguém".
(Por Patrícia Dias)