Christine Fernandes comemora sua volta às novelas após cinco anos, em "O Rico e Lázaro". Assim como em "Esplendor" (2000), a atriz interpreta uma vilã. A mulher de Floriano Peixoto dá vida a Sammu-Ramat, cujo sonho é se tornar uma grande sacerdotisa e, para isso, não abre mão de seus feitiços e nem de pedir proteção a deuses pagãos para eliminar os seus inimigos. Em conversa com o Purepeople, na coletiva de imprensa da trama, Christine contou ter uma maneira para se livrar do excesso da vilã. "Fica uma carga pesada, sim, mas depois tomo um banho de mar e passa!", explicou.
Ao mesmo tempo, a atriz de 49 anos, vítima de assalto à mão armada em julho passado, ressaltou. "A gente tende a incorporar essa carga negativa porque a Sammu-Ramat invoca deuses, coisas pesadas... Mas depois você também dorme e aí não leva para a vida", frisou. "Até porque é uma personagem, né? Porque se você precisar matar uma pessoa em uma novela e depois ficar com aquela carga, ferrou. Não dá para ser atriz, vai ter que arrumar uma outra profissão", lembrou Christine, cuja ligação com a religião vem desde os tempos de estudante. "Eu estudei em escola católica a vida inteira", explicou.
Assim como Milena Toscano, a Joana do folhetim assinado por Paula Richard, a atriz também é uma mulher de muita fé. "Mas a minha fé não necessariamente significa ir à igreja. Eu acredito muito é na espiritualidade e no bem", destacou Christine. "A minha fé trabalha mais nisso: mais fora do templo e mais na vida. E eu me conecto com a natureza também. Acredito que Deus está nas pequenas coisas como no sol e no mar", finalizou.
Outra atriz que vive uma vilã no folhetim bíblico é Sthefany Brito. "As atitudes dela são de gente má. A Nitócris é ambiciosa e a personagem é bem diferente de tudo que já fiz. Ela só deseja o mal dos outros, para o bem dela. É difícil, impossível defender", explicou se referindo aos irmãos na ficção Kassaia (Pérola Faria) e Evil-Merodaque (Kayky Brito).
(Por Guilherme Guidorizzi)