A Justiça negou, nesta terça-feira (09), o pedido de habeas corpus de Jairinho. O ex-vereador responde por homicídio triplamente qualificado no caso da morte do enteado, Henry Borel, de 4 anos. Monique Medeiros, mãe do menino, também está presa, e chorou durante o depoimento do pai do garoto.
O Ministério Público argumenta que duas testemunhas teriam sido coagidas por Jairo e Monique a mudarem os depoimentos. A mudança na fala, inclusive, irritou bastante o pai do menino, Leniel Borel, que se pronunciou nas redes sociais sobre os novos relatos de Thayná Oliveira, empregada do ex-político e da mãe de Henry.
A defesa do ex-vereador rebateu e disse que as acusações são infundadas. Além disso, a defesa contesta a acusação de fraude processual. A acusação foi feita pelo MP após observar que a empregada limpou o apartamento do casal após o crime.
Na semana em que seria definido se Jairo teria direito ao habeas corpus, a morte de Henry completou oito meses. Nas redes sociais, Leniel Borel fez duas publicações emocionantes sobre o período.
Na primeira, feita nesta segunda-feira (08), Leniel falou sobre a data. Henry morreu no dia 8 de março, após já chegar a um hospital sem vida e com hemorragia e edemas pelo corpo.
"Há exatos 8 meses a minha vida mudou completamente e um buraco enorme no meu coração se abriu. O melhor de mim foi retirado brutalmente, sem piedade, sem compaixão, sem nenhuma misericórdia.
Hoje completa-se 8 meses que estou sem o amor da minha vida, sem o meu Henry, meu príncipe, meu anjo. É um dia muito difícil, assim como todos os outros desde sua partida, mas hoje marca além do dia mais triste da minha vida: é o começo da maior luta dela também, por Justiça!".
No texto, Leniel também falou sobre a audiência de habeas corpus. "Digo sempre NÃO a qualquer habeas corpus, a qualquer tentativa de soltura ou impunidade ao crime bárbaro contra a criança mais linda que conheci. Filho, hoje luto por você e todos os demais anjinhos do Brasil!", escreveu.
Em outra publicação, feita por Leniel nesta terça-feira (09) horas antes da decisão do MP, o pai de Henry pede para que a Justiça mantenha a prisão de Jairo e negue o pedido de habeas corpus.
"O Habeas Corpus é um remédio constitucional que visa garantir a liberdade de locomoção de alguém presa ilegalmente ou que tenha a liberdade ameaçada por abuso de poder ou ato ilegal. E o remédio para o que fizeram com o meu Henry? Existe? Meu filhinho teve sua LIBERDADE DE VIVER ceifada por um assassinato brutal cometido por duas pessoas que, minimamente, merecem permanecer presas".