O caso de Henry Borel ganhou mais um capítulo nesta quinta (14). Em um desabafo, o pai do menino, Leniel Borel, afirmou que considera um absurdo o novo depoimento da babá de seu filho. O engenheiro classificou o relato de Thayná Oliveira como "mentiroso" e pediu a prisão da profissional.
"Achei aquilo um absurdo, a terceira versão da babá, mais uma versão mentirosa, de falar que não sabia", começou Leniel em entrevista ao podcast "Desenrola, Rio", do jornalista Edmilson Ávila. "Com possibilidade de ser presa, a mulher vai lá e fala aquele monte de mentira e continua mantendo uma versão mentirosa", lamentou.
A babá de Henry já apresentou, ao todo, três versões do caso. Em um primeiro depoimento, colhido no dia 24 de março, menos de um mês após a morte do menino, Thayná afirmou nunca ter notado ou percebido algum ato de violência contra a criança.
Em abril, ela voltou atrás e disse que se lembrava de três diferentes momentos em que o menino tinha sido agredido. Ela chegou a afirmar que Monique Medeiros, mãe de Henry, sabia das agressões do padrasto e pediu a ela que mentisse no depoimento. Nesse ponto, Thayná foi indiciada por fornecer um falso testemunho às autoridades.
No último dia 6 de outubro, na primeira audiência do caso, a babá apresentou uma terceira versão: a de que não tinha conhecimento das agressões do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como dr. Jairinho.
Ainda na entrevista, Leniel Borel destacou que Thayná é estudante de psicologia. "Uma pessoa se formando em psicologia, com toda a técnica para identificar agressões, depoimentos contraditórios, a gente viu nas mídias dela ela falando com os familiares, com o noivo, do ambiente que o meu filho estava sofrendo", continuou o engenheiro.
"É um absurdo uma pessoa fazer uma coisa dessa e não ser presa", destacou.
Leniel afirma ainda que a babá disse, em uma troca de mensagens, que a casa de Monique e Jairinho era "uma casa de malucos" e que "procuraria outro lugar".
O menino Henry Borel chegou já morto a um hospital da Zona Oeste do Rio de Janeiro no dia 8 de março de 2021. O laudo do IML apontou "morte violenta". Leniel destacou que, se Thayná tivesse relatado as agressões a ele, Henry ainda estaria vivo.
"Eu teria sumido com o meu filho", garantiu o engenheiro "Quando ela fala que estava se sentindo ameaçada por Monique, a gente sabe que é o contrário. Familiares dela ainda trabalham para o Jairo. Muito difícil olhar aquela mulher e ver que não caía uma lágrima. Quase que sem nenhum remorso", lamentou.