Daniel Alves terá que seguir uma série de medidas ao ficar em liberdade provisória, determinou o Tribunal de Barcelona, na Espanha, nesta quarta-feira (20), quando completam-se 14 meses da prisão do ex-jogador. O brasileiro foi condenado a quatro anos e meio de prisão em fevereiro por estupro contra uma jovem em boate daquela cidade em 30 de dezembro de 2022.
Daniel só será colocado em liberdade caso pague uma fiança milionária. Além disso, o ex-jogador do PSG, São Paulo e Bahia terá que entregar seus dois passaportes: o espanhol e o brasileiro. Vale lembrar que antes de ser condenado após três dias de julgamento, um ex-companheiro de cela do brasileiro afirmou ter ouvido Daniel afirmar que fugiria do país caso ficasse em liberdade.
Fora a multa e a entrega dos passaportes, o ex-jogador terá que se apresentar ao tribunal de Barcelona pelo menos uma vez por semana ou "quantas vezes for convocado pela Autoridade Judiciária". Outra proibição envolve a vítima de 23 anos.
Daniel Alves não poderá ter qualquer tipo de contato com ela. Muito menos se aproximar da vítima em um raio de distância inferior a mil metros, levando-se em conta locais onde ela mora, trabalha e frequenta.
Na véspera da decisão, Daniel negou planos de fuga em audiência por videoconferência. Como foi condenado em primeira instância, o ex-jogador agora irá aguardar por novo julgamento. A pena imposta ao brasileiro foi reduzida graças a uma ajuda financeira de Neymar, contudo uma reviravolta pode estar a caminho.
O Ministério Público pediu uma condenação de 9 anos, enquanto os advogados da vítima pediram 12 anos. Desde a prisão, em janeiro de 2023, Daniel teve pedidos de habeas corpus negados e apresentou cinco versões diferentes ao se defender da acusação de estupro.