Os dois dias de desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro foi marcado por looks icônicos das rainhas de bateria, sempre destaque frente às escolas de samba. Com fantasias que foram desde a 'incorporação' da onça-pintada até uma planta com o nome Oko xi, as rainhas de bateria da edição arrasaram sem moderação.
Ao todo, o primeiro dia de desfile foi marcado pela presença de seis escolas de samba. Na ordem, desfilaram Porto da Pedra, Beija-Flor, Salgueiro, Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense, ambas com muita cor, beleza e alegria dentro de suas propostas.
No segundo dia na Marquês de Sapucaí, passaram veteranas e nomes estreantes à frente de outras seis escolas: Mocidade Independente de Padre Miguel, Portela, Vila Isabel, Mangueira, Paraíso da Tuiuti e Viradouro.
Da mesma forma, as rainhas de bateria foram um espetáculo à parte nesta primeira noite na Sapucaí. Cada uma com suas homenagens, as musas, que vem de gerações e propostas diferentes, deram o nome na avenida e roubaram completamente a cena.
O Purepeople separou os detalhes do look de cada rainha de bateria logo abaixo. As fotos podem ser conferidas na galeria principal desta matéria!
Primeira rainha de bateria a desfilar no Rio de Janeiro no Carnaval 2024, Tati Minerato não economizou na sua fantasia, que teve 300 mil cristais e iluminou a avenida. Toda em prata e destacando o corpo turbinado em muita transparência, o look de Tati foi um dos pontos altos do desfile da Porto da Pedra.
Com apenas 17 anos, Lorena Raissa é a rainha de bateria mais jovem da Sapucaí. Representando a Beija-Flor após vencer uma competição, a jovem usou um look deslumbrante nas cores prata, dourada e com muito brilho. Para o Globo, Raissa detalhou o propósito do sua fantasia: "Minha fantasia representa uma menina guerreira e representa o povo da minha comunidade".
Rainha das rainhas no Carnaval brasileiro, Viviane Araújo representou o Salgueiro com uma fantasia leve toda em amarelo e dourado que referenciava as folhas Oko xi e destacava seu corpo definido: "É representação de uma planta temida pelos Yanomami. Na concepção desse povo, as folhas oko xi, quando queimadas no fogo, produzem uma fumaça amarelada, que traz a morte para os indígenas. Apesar de fazer parte dos contos Yanomami, de sabedoria ancestral, eles a associam a atividade do garimpo na floresta", explicou à Quem.
Fantasia mais comentada da noite, Paolla Oliveira deu o que falar com seu propósito frente à Grande Rio no Carnaval 2024. Vestida de onça, a namorada de Diogo Nogueira destacou seu corpo com pouco tecido e surpreendeu ao inovar com um capuz que cobria seu rosto e acendia os olhos em determinado momento do desfile.
Com muitas penas de pavão, sensualidade de sobra e samba no pé, Lexa arrasou frente à bateria da Unidos da Tijuca fantasiada de "rainha da diversidade cultural". Destacando o azul e com muitas pedrarias, a cantora ressaltou em uma entrevista à Quem que a fantasia custou o valor de um carro. Poderosa, hein!
Rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, Maria Mariá busca o segundo título consecutivo no Carnaval do Rio de Janeiro fantasiada de trevo da sorte. Apesar de problemas técnicos para a colocação do costeiro, a musa surgiu na Sapucaí a tempo e mostrou muito samba no pé com categoria. Toda de verde, a estudante de comunicação social chamou atenção com muito brilho na avenida.
Estreante no cargo de Rainha da Mocidade Independente de Padre Miguel, escola que também trouxe Jojo Todynho como musa, a influenciadora Fabíola de Andrade representou a cunhã-poranga Jacira na escola de samba cujo enredo foi "Pede caju que dou... pede caju que dá!". Com transparência e tons de verde, Fabíola brilhou em sua primeira passagem pela Marquês de Sapucaí.
Participante da Portela desde os 13 anos de idade, a rainha da azul e branco, Bianca Monteiro veio com o corpo todo pintado de preto para representar a orixá Oxum. Todo o processo levou cerca de quatro horas. "Estou bem segura. Sei que rainha de bateria tem uma cobrança grande, fiz um tapa-sexo com uma calcinha confortável e adaptável", disse ao jornal "Extra".
A escola apresentou na Marquês de Sapucaí o enredo "Um Defeito de Cor", inspirado no premiado livro homônimo de Ana Maria Gonçalves.
Desenvolvida por Henrique Filho e com styling de Pedro Sales, a fantasia de Sabrina Sato é uma verdadeira obra de arte com centenas de cristais pelo corpo da apresentadora. O look simboliza fluxo de sangue, tornando-o uma representação viva e pulsante do funcionamento do corpo humano. "A cabeça pesa uns 15 kg. O costeiro pesa uns 22 kg", revelou a apresentadora ao "Gshow".
Ao completar sua primeira década com Rainha da Mangueira, Evelyn Bastos homenageou as divas negras do jazz com sua fantasia. A escola verde e rosa do Rio tinha Alcione como enredo e a modelo veio representando as influências musicais da artista.
"As negras divas do jazz, as grandes inspirações da nossa rainha Alcione, vivendo essa noite no corpo de uma mulher que tem respeito absoluto pela cultura africana e tudo que a envolve", disse.
Uma das Rainhas mais elogiadas pelo samba no pé, Mayara Lima veio à frente da bateria da Paraíso da Tuiuti no segundo de desfiles do Grupo Especial carioca.
Em um body cavado que se iluminava, a musa do Carnaval representou o fogo. "O fogo que sobe pelo corpo dos marinheiros e faz o sangue ferver para lutar por justiça e que será o combustível que inflamará a revolta que se iniciará! O fogo da revolução", afirmou em postagem no Instagram.
Última rainha de bateria a desfilar no Rio de Janeiro, Erika Januza usou um look ultracavado para representar uma guerreira. Sua escolha tinha ligação com o enredo da escola, 'Arroboboi, Danbé', em homenagem a uma cobra sagrada na região de Benin, no continente africano.