O Carnaval de 2022 no Rio de Janeiro já foi cancelado nas ruas da cidade, com a proibição dos blocos. Agora, no entanto, mesmo após o prefeito garantir os desfiles na Marquês de Sapucaí, o comitê científico levantou dúvidas sobre o evento, em especial por causa do aumento do número de casos de Covid no país.
Claudio Castro, governador, reagiu e minimizou a alta nos números: "Os números da Covid-19 mostram uma infecção grande, mas uma internação mínima", começou o político em conversa com o RJTV, da TV Globo. "A Ômicron é a mais leve de todas as variantes, sem impactos em internações. Ela é mais similar a uma gripe do que a uma pneumonia, como foram as outras cepas. A Secretaria de Saúde não vê motivos para cancelar o carnaval, então ele está sim mantido", afirmou.
Para completar, Castro disse que a posição do comitê seria extraoficial, ou seja, uma opinião específica de alguns membros, não de todos os componentes do órgão. "Algumas pessoas do conselho, que é consultivo, opinaram", afirmou. "Não foi uma opinião oficial, não tem nem ata publicada. Nós entendemos que, por ser um conselho plural, alguns vão concordar e outros vão discordar".
Claudio Castro, além de citar a Sapucaí e reforçar que, por enquanto, os desfiles seguem confirmados, ainda disse que "outros Carnavais", que não o de rua, também estão mantidos. Embora não tenha esclarecido que "outros Carnavais" seriam esses, é provável que o governador estivesse se referindo às festas privadas.
"A posição oficial do governo estadual, hoje, é de que o carnaval de rua não vai acontecer e todos os outros carnavais, em que a gente consiga fazer o controle, inclusive o da Marquês de Sapucaí, vão acontecer", reforçou.
Enquanto a Sapucaí não é cancelada, os blocos de rua tentam encontrar soluções para não deixar a festa passar em branco. O Cordão do Bola Preta, por exemplo, está organizando as "Feijoadas do Bola", ou seja, eventos que cobram ingresso e exigem passaporte da vacina para que a entrada seja permitida.