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O São Paulo Fashion Week chega ao fim nesta sexta-feira (26 de outubro) e reforça tendências que estão em alta há algumas temporadas, como o vermelho. A bolsa com pegada artesanal é uma delas. A aposta no artesanato, que rolou também nos looks, se revela nos acessórios de uma forma bem democrática. É que as bolsas de palha --especialmente o modelo balaio, que já foi usado até por Beyoncé -- e as peças feitas com outros tipos de artesanato -- como crochê e macramê -- vão saindo das feiras étnicas para começarem a aparecer nas passarelas.
Marcas como a Osklen, que aposta na moda sustentável, e a Borana apostaram em modelos feitos em palha, cada um em seu estilo. Além do formato balaio, a bucket bag é outro modelo em alta e se mostra versátil, já que vai da praia ao jantar no restaurante. Além da palha, outros tipos de artesanatos, como o crochê, o macramê e o uso de sementes também se mostraram trends em passarelas como a da LED, Karine Fouvry e Aluf, todos novos talentos que desfilaram no São Paulo Fashion Week.
O projeto Top 5, uma parceria do São Paulo Fashion Week com o Sebrae, leva novos talentos de todos os cantos do país para a maior semana de moda do país e tem foco em uma cadeia produtiva sustentável para pensar o futuro da moda. Nesta edição a mineira LED, do designer Célio Dias, se destacou pela proposta sem gênero e sustentável que sua grife propõe. "O desfile trouxe o nordeste como inspiração e teve o objetivo de falar de representatividade e desmistificar a figura do 'cabra macho'", conta Célio. A marca, que nasceu sem gênero ("um assunto já ultrapassado", acredita Célio) trabalha com cores vibrantes desde o início e, segundo Célio, busca traçar um mix de tecnologia com artesanato, sobretudo com o crochê. "Entendo que consegui dar uma cara contemporânea para esse trabalho que, muitas vezes, é considerado vintage. Célio, que se destacou na semana de moda também por usar uma t-shirt com o dizer "Ele não" para sua entrada final na passarela, conta que o posicionamento "em prol da humanidade e da empatia", está no DNA da marca que consegue crescer levantando essa bandeira. "Não é simplesmente uma questão política, mas humana", diz. Em alta nesta temporada, o crochê também apareceu na coleção da designer Karine Fouvry, que apostou em um desfile todo artesanal com looks em off white que remetem, também, ao nordeste e, sobretudo, à contribuição africana na cultura nordestina.