Enquanto Jeiza, personagem policial da novela "A Força do Querer", representa justiça, Paolla Oliveira, sua intérprete, é considerada como um símbolo de beleza. A atriz, que adotou fios mais loiros e deixou a silhueta ainda mais enxuta em sua preparação para o papel, no entanto, conta que o destaque para a parte física acaba dificultando o olhar sobre o talento. "É difícil, viu? Mas hoje me libertei dessa sensação e não me sinto frustrada. Trabalho para construir uma carreira sólida e não me preocupo mais em provar aos outros o que sou capaz de fazer. A beleza, assim como o humor ou o estilo, não pode ser um fardo. Agora sei que ela tem que ser uma aliada e não um motivo de punição", afirmou a atriz em entrevista à revista "Glamour".
Dona de um corpo escultural, a atriz já deixou de usar short por achar sua perna grossa demais. "Descobri que me sentia bonita quando entendi que poderia me expressar como achasse melhor. Quando percebi que podia ser eu mesma no trabalho e na vida, quando entendi que tenho voz e que meu poder esta aí", disse ela, que explicou como isso aconteceu: "Foi amadurecendo dentro de casa, trabalhando... Aos poucos, fui me conhecendo e sendo responsável pelo que dizia e pelas minhas escolhas".
Namorando com o diretor da Globo Papinha, Paolla descarta casamento mas a maternidade está em seus planos: "Quero continuar construindo minha carreira, ter minha família e ser feliz – tudo a meu tempo. E, sim, tenho vontade de ser mãe".
A atriz ainda comentou sobre o feminismo. "Para mim, feminismo é lutar por igualdade. É tomar consciência da própria condição, fortalecer a sua identidade e batalhar por seus direitos. Feminismo tem a ver com homens e mulheres. Sobre como criar homens que se permitam ser mais sensíveis e tolerantes e mulheres que consigam ser fortes sem se envergonhar disso. Quando o mundo entender que qualidade não tem gênero, a luta estará quase vencida", disse ela, que apontou mulheres que considera inspiradoras: "Minha mãe (a estudante de medicina Daniele), a ministra (do Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia e, na profissão, as atrizes Laura Cardoso e Meryl Streep, que têm trajetórias e condutas pessoais incríveis".
(Por Vanessa Nogueira)