Namorada de Rafael Miguel, Isabela Tibcherani mostrou sua indignação com a Polícia Militar de São Paulo, que havia afirmado que Paulo Cupertino Matias, assassino do ator e dos pais dele, tinha sido detido no norte paranaense. "Incompetência, falta de responsabilidade emocional. Eu espero que ninguém de reportagem alguma entre em contato comigo novamente. Vocês não fazem ideia do que causaram, do tanto que chorei. Monstros incompetentes. Pra mim chega", desabafou nesta quarta-feira (28).
Processando o luto, Camilla Miguel se pronunciou sobre a confusão com a suposta prisão de Paulo Cupertino. "Está tudo bem. Seguimos, independente de qual a verdade. Quem me segue há tempos sabe que minha felicidade e reconstrução não é baseada na justiça do homem, tão falha e desorganizada. Infelizmente contamos com isso e com a irresponsabilidade de noticiarem abertamente algo não verificado que pode abrir cicatrizes difíceis. Eu falo sobre a calma, porque aqui escolhi viver assim, com consciência, amor, humanismo", comentou.
Delegado-geral de Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes disse que a Polícia Militar do Paraná irá anunciar que se confundiu e que Paulo Cupertino não foi preso. Na segunda-feira (26), a Polícia Civil descobriu que o comerciante fez uma identidade com uma certidão de nascimento falsa em Jataizinho, no norte do Paraná. Ele estava usando nome de "Manoel Machado da Silva" como um disfarce para se esconder. No dia que fez o pedido do novo documento, o acusado utilizou um endereço de Ibiporã, cidade que fica a 8 quilômetros de distância de Jataizinho.
O crime aconteceu em junho de 2019, na Zona Sul de São Paulo. Paulo é acusado de atirar 13 vezes em Rafael e em seus pais, João e Miriam. Ele não aceitava o relacionamento da filha com Rafael Miguel. Em 19 de junho de 2020, a Justiça converteu o mandado de prisão temporária dele em preventiva. Desde julho deste ano, Cupertino estava na lista dos criminosos mais procurados pela polícia de SP. Em agosto, o Instituto de Identificação paranaense recebeu a informação da Polícia Civil de São Paulo que o acusado poderia ter feito uma identidade em algum estado vizinho. Assim que as digitais foram enviadas de São Paulo para o Paraná, o Instituto fez uma análise e encontrou a identidade falsa.
(Por Patrícia Dias)