Assassino confesso de Daniella Perez, filha da novelista Gloria Perez, morta em 1992 a golpes de tesoura, Guilherme de Pádua morreu exatos 30 anos após o crime, vítima de um infarto fulminante.
Para Raul Gazolla, marido da atriz na época do assassinato, um fator contribuiu diretamente para a morte do assassino, que virou pastor de uma igreja evangélica após sair da prisão: a série "Pacto Brutal", que contou em detalhes (chocantes) todo o envolvimento do ex-ator no assassinato de sua companheira de elenco na novela "De Corpo de Alma".
"Para mim, a coisa mais importante que teve na série foi a pressão que ela deu nos assassinos. Isso foi maravilhoso. Porque aquele assassino, psicopata, egocentrado da p*rra, começou a gritar para os quatro cantos: 'Não me entrevistaram'. Meu irmão, você teve 29 anos para contar todas as mentiras que você quis contar, ainda queria falar na série?", questionou Raul Gazolla, irritado, durante participação no podcast "Cara a Tapa".
Na entrevista, Raul Gazolla prosseguiu explicando porque, para ele, a série acabou sendo fator primordial para a morte de Guilherme de Pádua. "O cara era pastor numa igreja que acreditava que ele se arrependeu, então Deus perdoa... Aí os fiéis viram a série e falaram: 'Espera aí, não é bem assim!'", especulou. E opinou: "A série matou esse filho da p*ta!".
O ator justificou ainda sua decisão de não perdoar os assassinos da ex-mulher - além de Guilherme de Pádua, Paula Thomaz, mulher do então ator na época, também participou do crime. "Pessoas mais evoluídas espiritualmente do que eu falavam assim: 'Gazolla, você tem que perdoar. Se você perdoar, você vai ficar melhor'. Eu perdoo qualquer coisa em qualquer pessoa que tenha se arrependido. Mas, em todas as entrevistas que esse assassino deu, ele disse sempre, de nariz em pé: 'Aconteceu o que tinha acontecer'. Nunca se arrependeu, nunca mostrou arrependimento", avisou.