Condenado pelo assassinato de Daniella Perez (1970-1992), Guilherme de Pádua respondeu a críticas que sofreu sobre ter, supostamente, deixado as redes sociais por causa do lançamento de "Pacto Brutal" na HBO Max. Em seu canal no YouTube, o ex-ator reclamou que soube da série de surpresa, pela imprensa, e não foi procurado pela produção para dar seu depoimento (relembre crime que completa 30 anos em 2022).
"Surgiu a notícia de que eu teria bloqueado minhas redes sociais por saber deste seriado ("Pacto Brutal"). Isso não é verdade, porque em maio de 2020, quando saí, ainda não sabia desse seriado. Alguém aí tinha notícia? Eu fiquei sabendo há seis meses, de surpresa, não fui procurado", explicou o hoje pastor evangélico em Belo Horizonte.
Guilherme de Pádua contou que decidiu abandonar o perfil Instagram, principalmente, por conta da animosidade que existia durante o auge da pandemia de Covid-19. Ele teria feito isso após ouvir um conselho dado por um pastor de sua igreja.
"Naquele tempo, estávamos no auge da pandemia. E, naquele tempo, parece que o debate estava interditado. A animosidade estava grande, e a minha vida envolve várias dificuldades de comunicação. Por isso, esse pastor me disse isso", relatou.
"As redes sociais são muito úteis para mim, e a imprensa nunca me deu voz, porque um lado sempre me persegue – e com toda a razão, eu entendo. Se eu estivesse no lugar delas, eu faria isso também. Mas, já que eu sou eu, preciso me defender. E a redes sociais são úteis para isso", falou.
De fato, não houve convite para que os assassinos confessos falassem ao documentário. Os diretores afirmaram que não queriam dar espaço para Guilherme de Pádua e sua então mulher, Paula Thomaz, e sim contar a história do ponto de vista da família da vítima.
"A decisão de não falar com o Guilherme veio da gente como documentaristas. A gente achou que, ao longo dos anos, eles já tiveram muitas plataformas na mídia pra falar as versões deles. Versões que, quando chegaram no julgamento, eles não conseguiram provar. A gente achou que não deveria dar essa plataforma pra ele nesse momento. Já a Gloria [Perez, mãe de Daniella] não tinha tido chance de contar essa historia de maneira completa", declarou Guto Barra, um dos diretores, ao Notícias da TV.