Andréia Horta confessou que as gravações de 'A teia', a nova minissérie da Globo que trata o embate entre bandido e mocinho, foram tão fortes e intensas que a fizeram dormir por alguns dias de luz acesa. Em entrevista ao jornal "O Globo" deste domingo (26), a atriz revelou que o motivo para tanto medo vieram das cenas violentas da trama.
"Fiquei sensível. Atores com revólveres nas mãos, os tiros de festim nos ouvidos, claro que fiquei ouriçada. Esse trabalho evoca chakras (centros energéticos do corpo) muito baixos, evoca uma energia muito negativa", relata a atriz que está afastada da TV desde a novela "Sangue Bom".
Sob a direção dos veteranos Rogério Gomes, o Papinha, e Pedro Vasconcelos na direção geral, Andreia é Celeste, uma ex-prostituta que se apaixona por Baroni, bandido interpretado por Paulo Vilhena.
Embora controversa, a personagem não se negará em se sentir uma bandida orgulhosa e se vê como uma espécie de primeira-dama do crime. A atriz conta que esse orgulho leva Celeste a ser, inclusive, cúmplice do marido fora-da-lei.
"Ela tem um filho de um bandidinho e se vê numa situação complicada. Depois que ele é preso, ela precisa se prostituir para criar a filha. Até que ela conhece o Baroni (Vilhena), que é o líder da quadrilha, e se apaixona por ele. É um amor honesto, recíproco, ela tem orgulho de ser a primeira-dama. Tem muita coisa que ela não sabe, mas eles são cúmplices", revela.
Sobre o seu par romântico na minissérie, Andréia, que namora o diretor da série, Rogério Gomes, é só elogios. Ela se refere a Paulinho como um 'doce' e conta que o ator foi cúmplice também longe da trama.
No segundo ou terceiro dia de filmagem, a gente teve que pegar um avião monomotor na Chapada dos Guimarães para sair da locação. Tínhamos filmado o dia inteiro, um calor de 60 graus, a gente estava com fome, cansado... Na volta, minha pressão baixou muito. Não tinha um ventinho, nada! No final do dia, achei precioso ter passado tão mal fisicamente. Aquele estado de adrenalina, de risco. Só o Paulo e o piloto na frente, e eu atrás. Olhei lá de cima e pensei: "Minha Nossa Senhora vou cair". A violência da série não é só física, de tiros. É sobretudo psicológica. A gente o tempo inteiro sofreu ali, dentro e fora do set, e isso também é material. Nada se desperdiça nesse trabalho", conta a atriz.
Paulo fez um curto balanço de seu carreira e falou sobre a estreia como vilão em 'A teia'. Separado da atriz Thaila Ayala há mais de três meses, o ator de 35 anos comemora o bom momento, que cruza, inclusive, com uma fase mais madura de sua vida pessoal. "Tem ator que fica na expectativa a vida inteira e o grande personagem não chega. Para mim chegou numa hora em que eu estava pronto para recebê-lo, maduro, com gente ao meu redor dando total apoio e estrutura", disse o ator em entrevista ai jornal Extra deste domingo (26).
'A teia' estreia nesta terça-feira (28) na Globo e será exibida a partir das 23h.