A novela inédita "Um lugar ao sol" já tem data para começar: dia 8 de novembro, próxima segunda. A trama, que gira em torno dos irmãos gêmeos Christian (Cauã Reymond) e Renato (Cauã Reymond), promete abordar temas como a gordofobia, dar espaço para a comunidade LGBTQIA+ e tratar a representatividade negra longe dos estereótipos. O elenco reforça a importância das abordagens.
A atriz Pathy Dejesus, por exemplo, interpreta Ruth, uma engenheira que mantém um relacionamento com Túlio (Daniel Dantas), um homem casado. Juntos, os dois se envolvem em um esquema de desvio de dinheiro da rede de supermercados Redentor, onde trabalham. A mulher dele, aliás, deve se envolver com um homem mais novo.
Ao analisar a própria personagem, Pathy destacou o fato de que Ruth não se mantém na linha esperada. "Ela poderia ser branca, amarela, de qualquer outra cor. Ela não foi escrita necessariamente para uma mulher preta. Isso é muito raro", avaliou a atriz em conversa com jornalistas.
"Geralmente vem a descrição: fulana, tantos anos, negra. E a gente está querendo fugir disso. A gente quer contar outras coisas", resumiu a artista.
Em outra ponta da trama, a personagem Ilana (Mariana Lima), uma empresária de sucesso, sofre as pressões sociais ao alcançar os 45 anos sem nunca ter tido filhos. A moça então decide iniciar um tratamento para engravidar.
É nesse momento que, em meio aos hormônios, Ilana reencontra Gabriela (Natália Lage), uma amiga da adolescência que hoje é médica. As duas acabam se envolvendo. "Isso vai levar essa mulher, que é 'tão' heterossexual, muito mais do que eu, a passar por essa crise", avaliou Mariana. "É o drama dessa sociedade que nao conseguiu se assumir gay ou bissexual".
Além da representatividade negra e LGBTQIA+, a novela ainda aborda a problemática da gordofobia. Na história, Nicole (Ana Baird) é uma dubladora que cresceu acostumada a suprir o afeto que nunca teve com comida. A jovem vive em guerra com a balança.
Lícia, ao analisar a quantidade de temas importantes na novela, garante: "Parece oportunismo, mas são temas que me 'cataram'. A contemporaneidade se impõe. É o corpo livre, tempo das belezas múltiplas, em especial no caso da gordofobia, da liderança feminina, da invisibilidade", avalia a autora, que escreveu diferentes finais para a novela. A história, inclusive, já está praticamente toda gravada.