Autora da novela "Poliana Moça", Iris Abravanel fez referência à guerra na Ucrânia ao lançar a continuação de "As Aventuras de Poliana" (2018-2020), marcada por substituição no elenco no papel de Luca Tuber e que irá mostrar a protagonista encontrando o primeiro amor. "A essência de tudo é o Jogo do Contente (técnica de encarar com otimismo as situações mais complicadas). Espero que todos realmente aprendam a jogar", frisou a mulher de Silvio Santos em conversa com a imprensa, direto dos EUA.
Em sua 8ª novela desde 2008, a responsável por "Carrossel" (2012-2013) e "Cúmplices de Um Resgate" (2015-2016) defendeu sua história como um refresco ao novo momento de conflito mundial promovido pela Rússia. "Em tempos de guerra, a gente assistir um pouquinho de novela que traz refrigério para a alma da gente é muito importante", citando que o Jogo do Contente foi um recurso na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
"Era para tirar as pessoas da depressão e dar mais esperança para as pessoas. E agora estamos em tempo de guerra, de tanta maldade. Vamos cultivar o amor e o bem entre nós, que é o que queremos passar", prosseguiu Iris a respeito da sexta novela que o SBT produz para o público infanto-juvenil em 10 anos com reforço de novos personagens.
"Poliana Moça" começou a ser gravada há dois anos, porém todo o material precisou ser descartado em virtude da pandemia, e os estúdios só foram reabertos em setembro, após 18 meses - o SBT foi a última emissora a retomar as gravações de teledramaturgia por ter um elenco basicamente composto por crianças/adolescentes. Além das cenas descartadas, o mesmo ocorreu com parte do texto.
"Nós tivemos que mudar algumas vezes, inclusive colocar alguns núcleos que não tínhamos pensado e não poderíamos de falar da pandemia, desse vírus. Tivemos que mudar algumas coisas, porém a essência da novela é a mesma, 90% é brasileira", frisou a autora, que cogita se lançar como autora de livros.
A mulher do dono do SBT atribuiu à audiência um dos fatores para escrever a sequência de "Poliana" e também para poder dar sequência à história em si. Por ouro lado, negou ter tido uma intenção maior ao abordar questões como racismo: "O que nós pretendemos é fazer um bom trabalho, mas não foi intencionalmente".
E da mesma forma rejeita vilões "de verdade" em "Poliana Moça". "Os vilões da novela são pastelões. O intuito é criar um momento de refrigério, paz e aprendizado. Olhar para o próximo e para a vida com respeito a todos", destacou.