Luan voltou a comentar sobre o suposto homicídio que cometeu durante a invasão no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em novembro de 2010. Na madrugada desta terça-feira (27) no "BBB15", ele deu detalhes da operação enquanto conversava com Adrilles, Marco e Mariza. Durante o bate-papo, a Globo cortou o sinal do transmissão pelo pay-per-view, já que o assunto fez com que a Polícia Civil quisesse ouvir o brother no confinamento nos próximos dias.
"Eu fiquei lá embaixo, eu atirava muito bem, então ficava um do Exército, um da polícia, um do Bope e uma da Polícia Federal. Ajoelhados no chão, dando contenção para quem estava subindo. Os caras estavam atirando para baixo, então tem que eliminar os alvos, para eles poderem subir. O cara foi subindo, e eu fui atirando. Até então eu não estava acertando ninguém, quando eu acertei a primeira pessoa, acho que era um garoto que pela fisionomia, que eu enxerguei de longe pela luneta, devia ter uns 16 ou 17 anos", detalhou o ex-militar, que já teve nove profissões, de acordo com o "Uol". Luan fez a revelação na noite de estreia do "BBB".
Chocada, a Líder Mariza perguntou se o jovem no qual Luan aturou estava armado e o brother confirmou. "Ele estava atirando com uma submetralhadora deste tamanho (mostrando com as mãos), atirando atrás de uma caixa d'água. Quando eu atirei nele, acertei um tiro na cabeça dele e ele caiu, eu tremia. Não só de adrenalina, mas de nervoso por ter matado a primeira pessoa na minha vida", disse ele.
Globo corta sinal de câmeras durante conversa
Luan continuou a história e disse que recebeu apoio de um policial militar após atirar no rapaz. "Tinha um sargento da PM que virou para mim e disse: 'irmão, vambora, tem que agir. Ou é você, ou ele. Ou chora a sua mãe ou chora a mãe dele'. E a hora que você acorda para a vida e continua. Aí eu continuei...", dizia ele quando a transmissão pelo pay-per-view deixou de exibir imagens da conversa para mostrar os quartos com os outros brothers que estavam dormindo.
O Exérciro Brasileiro já se pronunciou sobre a história de Luan e negou que ele tenha participado de incursões no Complexo do Alemão. De acordo com a Força Armada, o brother integrava a 9ª Brigada de Infantaria Motorizada e que membros dessa companhia apenas prestavam serviços à base e apoio à manutenção das instalações usadas pelos militares no Complexo do Alemão. "Não há registros de que esse efetivo tenha participado de incursões naquela comunidade", informa.
Em conversa com o jornal "O Globo", Ivan Batalha, pai de Luan, disse acreditar que a história não passa de uma "fantasia" do filho: "Acho que ele falou aquilo para chamar a atenção dos colegas, numa atitude infantil e sem pensar. Eu tenho contato com ele diariamente e ele nunca, nestes anos todos, falou disso para mim. Na verdade, até onde eu sei, ele nem esteve no Complexo do Alemão, o serviço que ele fazia no Exército era burocrático e ele nem em arma pegava. Tudo isso não passou de fantasia da cabeça dele".