Cid Moreira, um dos maiores ícones do jornalismo brasileiro, faleceu nesta quarta-feira (3), aos 97 anos, em decorrência de uma insuficiência renal crônica, sendo mais uma grande perda para o mundo artístico nesse ano.
Em 2015, Cid surpreendeu o público ao retornar à bancada do Jornal Nacional, no especial de 50 anos do jornalismo da Globo. Ao lado de William Bonner, Renata Vasconcellos e Sérgio Chapelin, ele apresentou o último capítulo da série comemorativa, marcando um encontro histórico.
William Bonner descreveu o momento como um dos mais marcantes de sua carreira. "O segundo momento mais marcante da minha vida foi quando olhei para a minha direita e vi o Cid sentado na mesma bancada que eu, para apresentar o JN. É uma experiência profissional indescritível. Uma figura gigantesca", declarou Bonner durante o Encontro com Patrícia Poeta.
À frente do Jornal Nacional desde 1996, Bonner destacou a importância de Cid Moreira para a história do telejornal: "Para quem tem mais de 40 anos, o rosto do Jornal Nacional sempre será o do Cid. Já para quem tem menos de 40, talvez o reconheça mais pela voz inconfundível no Fantástico. Mas ele sempre foi o rosto e a voz do JN, além de ser um grande brincalhão, adorava quando brincavam com ele."
O ex-marido de Fátima Bernardes ainda relembrou um momento em que Cid o confortou em momento de nervosismo:
"Eu estava ao lado dele, nervoso para apresentar o Jornal Nacional. Virei e perguntei: 'Cid, quando você parou de ficar nervoso para fazer o JN?' E ele, com a sabedoria de sempre, respondeu: 'Nunca. É impossível não ficar nervoso. Existem níveis de tensão. Eu estou em um grau menor que o seu porque faço isso há muito tempo. Mas no dia que você não estiver tenso, você vai errar. Faz parte do nosso trabalho'."