Bruno Gagliasso é um dos destaques da minissérie "Os Quatro da Candelária", que chegou à Netflix nesta quarta-feira (30). Após a polêmica com Tiago Leifert por conta da derrota de Vini Jr. na Bola de Ouro, o ator voltou a viralizar nas redes sociais; dessa vez, por uma cena de sexo gay que ele protagoniza na produção.
Dividida em quatro episódios, a minissérie retrata as horas que antecederam a Chacina da Candelária pelo ponto de vista de quatro crianças. Em julho de 1993, oito jovens que dormiam em frente à Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, foram assassinados. Três policiais e um ex-PM foram condenados pelo massacre.
Bruno interpreta Jorge, que mantém um caso extraconjugal com Sete (Patrick Congo). No X, antigo Twitter, as cenas quentes do marido de Giovanna Ewbank agitaram internautas. "Nada técnico", escreveu um perfil. "Eita, Bruno Gagliasso beijando com vontade o Patrick Congo", comentou outro. "Também queria ser pago pra beijar o Bruno Gagliasso", brincou um usuário.
Assista:
Bruno seria o protagonista do primeiro gay em novelas da TV Globo. Seria, porque a emissora decidiu cortar a cena, já gravada, horas antes de o último capítulo de "América" (2005) ir ao ar. A autora Gloria Perez relata que a decisão foi tomada em uma reunião com vários diretores do canal.
"A direção da emissora achou que a cena não devia passar, porque poderia chocar a maioria de seu público. Talvez chocasse, porque o Brasil é muito mais preconceituoso do que demonstra ser", refletiu Gloria no livro "Autores, Histórias da Teledramaturgia".
No trecho que foi ao ar, Júnior (Bruno) e Zeca (Erom Cordeiro) se olham de forma apaixonada e quando começam a aproximar as bocas, a cena é bruscamente cortada. Gloria ainda relata que nem isso os diretores da Globo queriam exibir. "Nem era para ir ao ar o trecho que foi, porque ali já havia a intenção do beijo. A primeira ideia era cortar até isso! Mas conseguimos que pelo menos a intenção ficasse", relembra a autora.
O ator também se manifestou publicamente sobre o corte da cena e classificou a atitude da Globo como censura. "No dia em que não foi ao ar, eu fiquei muito chateado, fiquei triste demais, chorei. Eu e a Gloria ficamos muito chateados. Foi censurado, né? E a gente gravou sete vezes. Eu fiquei muito triste, principalmente por trabalhar com arte. Quem faz não consegue acreditar em censura", disparou Bruno, em entrevista ao "Encontro".