Emival Eterno da Costa, o cantor Leonardo, teve o nome incluído na "lista suja" do trabalho escravo. O documento foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta segunda-feira (07). Seis trabalhadores foram encontrados em condições análogas às de escravidão na Fazenda Talismã, que pertence ao sertanejo.
A defesa de Leonardo esclareceu que a área que foi alvo da investigação estava arrendada para outro fazendeiro para o cultivo de soja. Portanto, não seria responsabilidade do artista as condições a que os funcionários eram submetidos.
"Como a matrícula estava em nome do Leonardo, o Ministério Público do Trabalho propôs a ação. Na audiência, a gente apresentou o contrato de arrendamento e aí tudo foi esclarecido, mas pra que evitasse qualquer tipo de problema, nós pagamos todas as verbas indenizatórias naquele momento mesmo e tudo ficou sanado", explicou o advogado Pedro Vaz ao portal G1.
A equipe jurídica de Leonardo recebeu a inclusão na lista com surpresa pois, segundo o advogado, as indenizações foram pagas, o acordo proposto pelo Ministério Público foi aceito e os processos foram arquivados. "Estão sendo tomadas as medidas necessárias para remover o nome de Leonardo da lista mencionada", reforça o advogado do famoso.
Na tarde desta segunda-feira (07), Leonardo publicou um vídeo em seu perfil no Instagram para dar os devidos esclarecimentos ao público. O cantor, que se tornou avô novamente com o nascimento de José Leonardo, confirma que a área da fazenda estava arrendada.
"Nisso surgiu um funcionário lá nessa fazenda que eu arrendei, que eu não conheço, nunca ouvi falar, nunca vi. De repente, fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho, com todo o respeito a vocês. Foram muito bem recebidos na minha fazenda e foi lavrada uma multa para mim, que sou o proprietário da fazenda. Mas não da Fazenda Talismã, e sim da Fazenda Lacanca, onde eu arrendei pra ser plantada soja", explicou.
Leonardo reforçou que pagou todas as multas e que o processo já foi arquivado. Mais uma vez, ele afirma que não tinha conhecimento das condições às quais os trabalhadores estavam submetidos.
"Não conheço quem estava lá naquelas casinhas, nem quem os colocou lá, porque, gente, eu já plantei tomate. Eu sei como é a vida, é difícil, e do meu coração, jamais faria algo assim. Acho que houve um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe quem eu sou e da idoneidade que eu tenho. Graças a Deus, foi tudo que meu pai e minha mãe me deixaram de herança. Estou dizendo a vocês que eu não me misturo nessa lista, nessa lista de trabalho escravo. Sou totalmente contra esse tipo de coisa", concluiu.