Deolane Bezerra está presa há 19 dias, como parte de uma operação para desmontar uma organização acusada de lavagem de dinheiro de jogos ilegais. Uma série de reportagens do portal Leo Dias trouxe à tona como tem sido a rotina da influenciadora e expôs privilégios que ela tem na Colônia Penal Feminina de Buíque, onde também estão detidas as "Canibais de Garanhuns".
Segundo uma mulher identificada como Cátia Leão, irmã de uma detenta, a cela de Deolane é equipada com cama e poltrona. "Eu vi uma poltrona, aquela no estilo do vovô, bem confortável", revelou.
Deolane tem raríssimas interações com outras detentas, mas, segundo essa mulher, esbanja simpatia nas poucas oportunidades. "Falaram que ela é muito simpática. A cela dela fica em frente a cozinha, algumas conseguiram ir lá e pedir autógrafo para ela, disse que ela as tratou bem", diz.
A advogada também não estaria comendo a mesma comida das outras detentas. "Eu perguntei e parece que ela come da mesma comida dos policiais. A comida das presas é uma e dos policiais é outra. Até então, ninguém comenta nada sobre ela de ruim. Além disso, entrou uma TV Smart nova para ela e ventilador", compartilhou.
A presença de Deolane ainda trouxe mudanças na rotina dos visitantes. "A diferença que eu senti é que quando a gente entrava, a revista era feita em frente à cela dela e pegávamos nossas coisas no mesmo lugar. Agora, a gente entra direto com tudo, para não ter que parar em frente à cela dela", divide Cátia.
Segundo uma detenta que deixou a penitenciária neste domingo (22) após receber prisão domiciliar, os privilégios concedidos a Deolane causaram indignação em algumas detentas.
"Ela está em uma cela sozinha, é bem tratada, não é maltratada e nem nada. Isso chegou a incomodar algumas presas, mas o chefe de segurança explicou que ela não podia ficar junto com as presas, porque ela é advogada e não podia entrar em contato com nenhuma presa", relatou a mulher, também em entrevista ao portal Leo Dias.
A Colônia Penal Feminina de Buíque, vale lembrar, sofre de superlotação: projetada para abrigar 107 presas, atualmente, o local registra 264 detentas. "Em uma cela comum ficam 15, 16, até 20 presas. É um quadradinho pequeno com cinco camas, duas dormem em cada cama, e as outras dormem no chão. É muito quente, muito mesmo. Só pode ter ventilador, mas são poucas que têm, aí a gente fica tomando banho, mas é só três baldes por presa", expõe.
Após a chegada da famosa, a cadeia passou a receber visitas de uma equipe de Direitos Humanos e as regras se tornaram ainda mais rigorosas, segundo a detenta.