A situação do rapper Sean John Combs, conhecido como P. Diddy , está cada vez mais complicada. Após pedido de habeas corpus negado, sua defesa apresentou uma nova tentativa de libertação, propondo uma série de restrições que o rapper estaria disposto a seguir. Entre as promessas estão a realização de testes semanais de drogas e a proibição de que mulheres, além de sua mãe e das mães de seus filhos, entrem em sua casa.
De acordo com a revista Rolling Stone, o rapper - que tem ligação inusitada com o seriado brasileiro "Trapalhões" - também se comprometeu a não ter contato com qualquer pessoa que seja testemunha no caso. Caso seja liberado sob fiança, apenas familiares, funcionários da propriedade e amigos que não estejam envolvidos nas acusações poderão visitá-lo. Para garantir o controle das visitas, um registro será feito e enviado ao tribunal diariamente, sob responsabilidade da equipe de segurança de Diddy.
A próxima audiência do rapper está marcada para o dia 9 de outubro.
Sean "Diddy" Combs foi preso em Nova York no dia 16 de setembro, acusado de abuso sexual sistemático, uso de drogas para coerção e violência física contra diversas mulheres. Desde sua prisão, Diddy está detido no Centro de Detenção Metropolitano (MDC) no Brooklyn, conhecido por suas condições deploráveis e considerado um "inferno na terra" devido à superlotação, violência entre os internos e a falta de saneamento básico.
As festas luxuosas organizadas por P. Diddy, frequentadas por celebridades como Leonardo DiCaprio e Jay-Z, estão no centro das investigações. De acordo com as autoridades, esses eventos, conhecidos como "Freak Offs", eram palco de uma série de crimes, incluindo estupros e abuso sexual de profissionais do sexo. Relatos indicam que as vítimas eram drogadas para ficarem incapacitadas de reagir às violências. Além disso, os abusos eram gravados sem o consentimento das vítimas e as filmagens eram usadas para chantageá-las posteriormente.
Pessoas próximas ao rapper revelaram que havia uma espécie de hierarquia entre os convidados, com áreas exclusivas onde os crimes ocorriam. Nem todos os presentes nas festas tinham acesso a esses locais, o que ajudava a manter os atos criminosos longe dos olhos de quem não fazia parte do esquema.
Muitas das vítimas eram atraídas com promessas de dinheiro, sucesso e até contratos musicais, mas acabavam sendo mantidas em condições semelhantes ao cárcere privado, até que Diddy estivesse satisfeito. As que se recusavam a cumprir suas ordens eram submetidas a agressões físicas e ameaças.
As investigações ainda estão em andamento, e várias mulheres já vieram a público para denunciar os abusos. Entre elas, estão a cantora Cassie Ventura e a modelo Crystal McKinney.