Wesley Safadão e a mulher, Thyane Dantas, foram indiciados por irregularidades na vacinação contra o coronavírus. O cantor, que chegou a testar positivo para a doença, e a influencer são acusados de escolher a vacina e furar fila da vacinação. Por este motivo, o casal terá que responder na Justiça. Além deles, outras seis pessoas também foram acusadas pelos crimes de peculato e infração de medida sanitária. No total, a pena somada pode chegar a 13 anos de prisão.
Segundo o site "G1", o inquérito foi enviado ao Tribunal de Justiça do Ceará. Safadão e Thyane responderão por peculato e infração a determinação do poder público. Já a produtora do cantor, Sabrina Tavares, é acusada de crime de violação de medida sanitária. Na época em que declarou estar com coronavírus, o cantor foi acusado de apresentar um exame falso e foi às redes sociais se defender.
Segundo o site do Tribunal de Justiça, "o crime de peculato tem como objetivo punir o funcionário público que, em razão do cargo, tem a posse de bem público, e se apropria ou desvia o bem, em benefício próprio ou de terceiro".
Três servidores públicos foram responsáveis pela vacinação irregular do trio. Outras duas pessoas também facilitaram a imunização de Safadão, Thyane e Sabrina por fazerem a ponte entre o trio e os agentes de saúde.
"No total, oito pessoas foram indiciadas no inquérito policial, sendo sete delas, incluindo o cantor e a esposa, pelos crimes de peculato e por infração a determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, cujas penas somadas podem chegar a treze anos de prisão", informa a nota da polícia.
"Os três servidores agiram, de acordo com o apurado, de maneira voluntária e deliberada, sem qualquer tipo de ciência, autorização ou conivência por parte da SMS de Fortaleza, a qual, inclusive, prestou todo apoio à investigação da Delegacia de Combate à Corrupção. No total, 19 pessoas foram ouvidas durante as apurações policiais".
No dia 8 de julho, Thyane Dantas, então com 30 anos, furou a fila e recebeu a vacina contra a covid-19. Na época, o calendário previa a imunização de pessoas com mais de 32 anos. No mesmo dia, Wesley Safadão e Sabrina Tavares foram a um posto em um shopping. Os dois foram investigados por escolherem qual vacina tomar.
Segundo a polícia, Safadão não pagou para receber o imunizante e foi favorecido por "satisfação de interesses pessoais" dos agentes de saúde.
Ainda segundo o G1, Safadão prestou depoimento no dia 15 de setembro, na sede da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), e teve a companhia de um advogado. A mulher do artista, Thyane Dantas, foi ouvida no dia 21 de setembro. O inquérito que apura o caso envolvendo Wesley Safadão, Thyane e Sabrina foi aberto pela polícia no dia 15 de julho, semana seguinte em que os três receberem o imunizante.