Vitão tem repensado a própria sexualidade e considera esse questionamento libertador. Adotando um visual mais andrógino, o artista passou por transformações internas que o levaram a viver sem definições e rótulos.
"Cabelo, roupa, maquiagem, não tem nada a ver com sexualidade. Eu mesmo estou em um momento de não saber o que eu sou", declarou o participante do "Dança dos Famosos" à revista "GQ".
"Não sei exatamente onde me encaixo. Até então sempre me vi como um homem hétero, sempre gostei de mulheres, mas cada vez mais entendo que talvez sexo seja mais do que apenas isso", disse o cantor, visto trocando beijos com Giullia Buscacio na Zona Sul do Rio de Janeiro recentemente.
"Tenho me entendido de outras formas, me relacionado com pessoas diferentes e é muito disso. Estou namorando comigo mesmo, um momento de autoconhecimento", acrescentou o músico.
Em agosto do ano passado, Vitão e Luísa Sonza terminaram um relacionamento de quase um ano marcado por ataques virtuais e pessoais. Ele afirmou que só agora está se recuperando da experiência.
"Acontece que a minha vida pessoal tomou uma proporção maior do que a minha música e isso me afetou. Meus shows sofreram com dificuldade da venda de ingressos. Antes, qualquer lugar era maravilhoso e lotava", comentou.
"Agora estou em uma fase de me recuperar de todas as formas. Recuperar um lugar de respeito como artista e a minha autoestima. De certa forma tiraram isso de mim. Eu tenho percebido que talvez o ódio faça parte do sucesso", refletiu.
Em uma live, Vitão foi questionado sobre sua sexualidade. "Tá todo mundo perguntando se eu virei gay. Pô, a discussão é justamente essa. Não se vira gay. O buraco é mais embaixo. O que eu tenho falado nas últimas entrevistas é justamente questionar esses encaixotamentos sociais que a gente tem, tá ligado?", declarou aos fãs.
Vitão explicou que está "experimentando" as sensações, muito além de escolher um gênero. "Não deixei de gostar de mulher. Sempre gostei, pô. Mulher é a melhor coisa da vida. Mas, sei lá... Talvez seja mais que isso, tá ligado?", observou.
"Esse bagulho de sexualidade, todas essas coisas. E essas caixinhas que a gente tem que se encaixar em alguma delas. Desde criança a gente aprende que tem que se encaixar em algum desses lugares. Talvez isso seja só uma criação social e religiosa", opinou.