Viola Davis protestou contra os casos de assédio em Hollywood no Globo de Ouro e, no sábado (20), fez um discurso sobre o assunto na Marcha das Mulheres em Los Angeles, nos Estados Unidos. Assim como Oprah Winfrey, que destacou a força feminina ao receber um prêmio, a atriz falou que lutava pelo direito de todas as mulheres: "Hoje não estou falando só pelas mulheres do 'Me Too' (campanha contra abuso sexual). Quando levanto a mão, estou ciente de todas as mulheres que estão em silêncio. As mulheres anônimas, as que não têm dinheiro, as que não têm a constituição, as que não têm a confiança e as imagens em nossa mídia que lhes deem uma sensação de autoestima suficiente para quebrar o silêncio que está enraizado na vergonha e o no estigma do estupro".
Para finalizar, Viola pediu para que as pessoas pensem no coletivo: "Todo dia, seu trabalho como cidadão americano não é apenas para lutar pelos seus direitos, mas lutar pelo direito de cada indivíduo que está respirando, cujo coração está bombeando e respirando nessa terra".
Após a crítica à ausência de mulheres indicadas no Globo de Ouro, Natalie Portman revelou na manifestação que sofreu "terrorismo sexual" na adolescência depois de protagonizar o filme "O Profissional". Na época, com 13 anos, a atriz recebeu uma carta de um fã que relatou uma "fantasia de estupro" com ela: "Eu entendi muito rapidamente, até mesmo como uma adolescente de 13 anos, que se eu me expressasse de forma sensual eu não me sentiria segura e que homens poderiam se achar no direito de falar sobre meu corpo e objetificá-lo, o que me deixaria desconfortável".
No palco da marcha, Scarlett Johansson disse que as mudanças de comportamento são necessárias para que as próximas gerações não sejam afetadas pelos mesmos problemas: "Avançar significa que minha filha vai crescer em um mundo onde ela não precisa se tornar uma vítima do que se tornou a norma social. A igualdade de gênero não pode existir apenas fora de nós – deve existir dentro também. Devemos assumir a responsabilidade não apenas por nossas ações, mas por nós mesmos". Filha de Michael Jackson, Paris Jackson foi outra famosa que participou da marcha pelas mulheres.
(Por Tatiana Mariano)