O Globo de Ouro foi marcado por críticas contra assédio sexual e pela luta em prol da igualdade de gênero. Os discursos contra os escândalos da indústria cinematográfica ganharam destaque na cerimônia realizada no domingo (7), na Califórnia, Estados Unidos. Enquanto Oprah Winfrey exaltou a força das mulheres ao receber o prêmio Cecil B. DeMille, Natalie Portman ironizou a ausência do sexo feminino na categoria de Melhor Diretor. "E estes são todos os indicados masculinos", disparou antes de anunciar Guillermo del Toro como vencedor pelo filme "A Forma da Água". Nas redes sociais, os internautas criticaram os votantes da Associação de Correspondentes Estrangeiros por ignorar nomes como Dee Rees, diretora de "Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi", Greta Gerwig, de "Lady Bird", e Patty Jenkins, de "Mulher Maravilha".
Antes da cerimônia, Debra Messing, conhecida pelo papel na série "Will & Grace", alfinetou o canal "E!" ao vivo ao ser questionada sobre usar preto em protesto contra os assédios de Hollywood, manifesto que foi "furado" por Blanca Blanco ao investir em um vestido vermelho. "Queremos diversidade, queremos a paridade de gênero, queremos pagamento igual. Fiquei tão chocada ao saber que o E! não acredita em pagar suas apresentadoras mulheres tanto quanto paga aos seus apresentadores homens", disparou. Em dezembro, a apresentadora Catt Sadler, do "E! News", anunciou sua saída ao descobrir que o seu co-apresentador do programa, Jason Kennedy, recebia o dobro do salário dela.
Eva Longoria foi outra que aproveitou o espaço no tapete vermelho para alfinetar o "E!". Ao lado de Nicole Kidman e Reese Witherspoon, a atriz disparou: "Nós apoiamos igualdade de gênero, pagamos iguais e torcemos para que o E! siga esse caminho com a Catt". Em nota para o "BuzzFeed News", Catt comentou as declarações: "Estou imensamente grata pela onda de apoio de de hoje".
(Por Tatiana Mariano)