
A Netflix está de volta com mais uma série que promete gerar buzz, mas, desta vez, a plataforma de streaming parece ter aprendido a lição depois da polêmica envolvendo "Bebê Rena". A nova produção, "Vinagre de Maçã", já está cercada de curiosidade: será que ela é baseada em fatos reais? Ou será que a Netflix finalmente entendeu que nem tudo que reluz é "história verdadeira"? Vamos desvendar o mistério.
"Vinagre de Maçã" é a nova minissérie da Netflix que vai te deixar de queixo caído! A trama acompanha Belle Gibson (Kaitlyn Dever), uma influenciadora que viralizou ao dizer que curou um câncer cerebral terminal só com chazinho, dieta e boas vibrações. Ela construiu um império: aplicativo de saúde, livro best-seller, patrocínios e uma legião de fãs que acreditavam em cada palavra. Mas, e se tudo fosse uma mentira gigantesca?
Inspirada na história da influencer australiana Belle Gibson, que foi desmascarada em 2015 por jornalistas, a série revela como a personagem inspirada nela enganou todo mundo, lucrou horrores e ainda fingiu doar parte dos lucros para caridade. A trama da série é baseada no livro "The Woman Who Fooled the World" (em tradução livre, “A mulher que enganou o mundo”, ainda sem edição brasileira), dos jornalistas Beau Donelly e Nick Toscano, que mergulha fundo no escândalo, mostrando como Belle usou o dinheiro para bancar uma vida de luxo enquanto enganava seguidores e empresas.

A série mergulha nos temas da ética, da responsabilidade e dos perigos da desinformação nas redes sociais, questionando até onde as pessoas estão dispostas a ir em busca de fama e dinheiro. Com um roteiro afiado e atuações de tirar o fôlego, "Vinagre de Maçã" é um retrato contundente de como as mentiras podem se espalhar rapidamente na era digital, causando danos reais.
"Bebê Rena" foi um dos maiores sucessos da Netflix em 2024, mas também um dos mais controversos. A série, baseada na suposta história real de Richard Gadd, que também é o protagonista, conta a história de um comediante perseguido por uma stalker obcecada. A plataforma promoveu a série como uma "história verdadeira", o que acabou gerando uma onda de especulações e investigações por parte do público.
Fiona Harvey, uma mulher escocesa identificada por internautas como a inspiração para a perseguidora da trama, entrou com uma ação judicial contra a Netflix em 2024. Ela acusou a plataforma de distorcer sua vida e prejudicá-la ao apresentar eventos ficcionalizados como reais. Em setembro de 2024, um juiz dos EUA permitiu que Harvey prosseguisse com uma ação por difamação, destacando que a Netflix não fez esforços para checar a veracidade da história de Gadd.

Aí é que está o pulo do gato: enquanto "Bebê Rena" foi vendida como uma "história verdadeira", "Vinagre de Maçã" chega com um aviso que o material promocional da série deixa claro que "alguns personagens e eventos foram criados ou ficcionalizados", ou seja, de que é ficção, evitando qualquer confusão sobre a natureza da história.
Esse detalhe, aparentemente pequeno, revela uma mudança significativa na estratégia da Netflix. A plataforma parece ter entendido que, em um mundo onde as linhas entre realidade e ficção são cada vez mais tênues, a transparência é essencial para evitar polêmicas e proteger tanto a empresa quanto os envolvidos.