Três anos após ser acusado de agredir Poliana Bagatini, quando ela estava grávida, durante uma discussão, Victor Chaves quebrou o silêncio sobre o caso. Em entrevista, o cantor alegou que é inocente e que atualmente mantém uma boa relação com a ex-mulher, pelo bem dos filhos, com guarda compartilhada de Maria Vitória e João Luiz. O sertanejo revelou também uma depressão que quase o fez tirar a vida após o episódio. "Fui para Uberlândia para decidir se ia parar a turnê da dupla. Lá, me deparei com um caos psicológico e emocional. Tombei. Seis dias depois do episódio, quase tirei minha própria vida. Prefiro não entrar em detalhes", disse à Eliane Trindade, da "Folha de São Paulo".
Na época, vídeos da câmera de segurança mostraram Poliana no chão durante uma discussão envolvendo a irmã de Victor, que foi condenado a 18 dias de prisão. "Utilizaram os fatos com leituras sensacionalistas. Se não fosse para a mídia e não chegasse aos rigores que chegaram, teria sido um dia de caos que resultaria em separação. Como se trata da mãe dos meus filhos, só posso falar que houve descontrole emocional grande", afirmou.
Mesmo sendo acusado, Victor garantiu que não houve agressão contra Poliana, apenas uma tentativa de contê-la durante uma discussão. "O exame de corpo de delito deu negativo. Não havia marcas de agressão. É triste Poliana dizer no depoimento que eu a joguei no chão. Na TV, aceleram o vídeo. Não dá para ver que estou arqueando o corpo para suavizar a queda dela", explicou. "Ficar calado três anos foi duro. Meu ímpeto era de me defender, mas esse silêncio me valeu muito. Comecei a me livrar do ego, a ir ao dentista no horário comercial, pegar fila em aeroporto. Uma sensação de estar vivo", destacou.
Victor esclareceu também que continuou fazendo shows normalmente e negou rumores de cancelamentos após o caso. O artista falou que mesmo após o fim da dupla com o irmão, Leo, focou na música. "Fiquei sem chão. Na mídia, antes me retratavam como um ser perfeito, o que nunca fui. Depois, você vira um monstro, o que também não é. Percebi ali empiricamente que basta a minha consciência. Vivi uma dor tão grande que só dormia e tocava. O que me salvou foi a arte. Durante uns sete meses, tomava banho de três em três dias", relatou à publicação.
(Por Patrícia Dias)