Valéria Valenssa vai curtir o Carnaval 2014 de uma forma bem diferente. Hoje evangélica, a ex-Globeleza resolveu abrir um exceção e vai voltar à Marquês de Sapucaí, atendendo a um pedido do amigo Boni: ela e o marido, Hans Donner, vão assistir na segunda-feira (3) ao desfile da Beija-Flor de Nilópolis, que homenageia o ex-diretor da TV Globo.
"O Carnaval deixou de ser uma prioridade na minha vida. Hoje tenho uma vida mais simples e me dedico ao meu marido, filhos e Deus. Hoje só sambo para os meus", garante a dona-de-casa, que por 12 anos reinou absoluta nas vinhetas de carnaval da TV Globo.
Mãe dedicada de João, 11, e José, 10, Valéria Valenssa não curte mais badalar na folia. Geralmente, ela costuma viaja para descansar com a família. Este ano, além do pedido irrecusável de Boni, ela também está impossibilitada de se ausentar do Rio, pois está completando uma obra em sua casa na Lagoa, na Zona Sul carioca. Por conta disso, a família está morando provisoriamente em um apartamento no Jardim Botânico, também na Zona Sul do Rio.
"Tudo passa. Não tenho saudades ou me lamento por não ser mais a Globeleza. Não teria mais a paciência, por exemplo, de passar 20 horas gravando. Construí uma história linda de sucesso, mas hoje o meu maior projeto é a minha família", afirma.
A saída do posto de Globeleza, no entanto, foi dolorida para Valéria. Em 2004, sem aviso-prévio ela foi comunicada durante uma reunião que não faria mais a vinheta de carnaval. Sem rumo, ela se ressentiu e veio a depressão.
"Me dediquei anos para uma função e de uma hora para outra dizem 'você está fora'. Nem mesmo o Hans, que sempre coordenou o projeto, sabia que iriam me dispensar. Achei muito cruel!, relembra. "Mas tudo tem o seu tempo e um porquê. Por causa da depressão, conheci um verdadeiro Deus. Busquei a religião, me aprofundei e comecei a entender algumas coisas. Acredita que sou mais reconhecida agora do que quando me dispensaram? Vivi um conto de fadas, realizei tudo o que queria e tive a possibilidade de ter outra vida de sonho. Sou realizada", completa.
Samba em família
Valéria vive a maternidade em tempo integral e se diz realizada. Quando conheceu Hans Donner, o designer austríaco nascido na Alemanha e naturalizado brasileiro tinha 42 anos e ela, 18. Os dois começaram a namorar três anos depois e não pensavam se casar ou ter filhos. Em 2003, os dois já moravam juntos quando, aos 31 anos, Valéria engravidou. Em 2009, os dois já tinham dois filhos quando Valéria recebeu um inesperado pedido de casamento.
"Fiquei emocionadíssima. Hans disse que eu era a única mulher com quem tinha cogitado se casar e ter um filho. Para uma relação duradoura é preciso ter muito amor, respeito e investimento diário. E os meninos só vieram somar, pois pensávamos muito em nós mesmo, mas hoje temos algo a mais.
Além de cuidar dos filhos, a rotina de Valéria também consiste em cuidar da casa, do marido e, eventualmente, pregar na igreja batista que frequenta na Zona do Sul do Rio de Janeiro e fazer palestras motivacionais. A família costuma frenquentar os cultos todos os domingos.
"Não cuspo no prato que comi e não tenho flasbacks de arrependimento. Nem o fato de ter estar com o corpo exposto. Era um trabalho lindo, artístico e que transmitia a alegria para os palcos do mundo. Vou agradecer eternamente por essa oportunidade", garante.
(Por Renata Mendonça)