Luísa Sonza abriu o coração ao falar a respeito de sua saúde mental. Sucesso com o álbum "Escândalo Íntimo" e vivendo uma boa fase no amor, a cantora revelou estar fazendo acompanhamento com psiquiatra durante tratamento da depressão.
"Sou acompanhada por um psiquiatra. E tomo remédio. Muita gente abomina o remédio, mas, às vezes, a química do cérebro está desregulada. Então, por um tempo, a medicação é importante. Em excesso, realmente é prejudicial. Tive uma fase em que precisei de muito remédio. Hoje, não tomo nem metade do que já tomei e faço terapia. Nunca estive tão tranquila", assegurou em entrevista ao jornal "O Globo".
Lidando com a depressão, a artista não deixa sua autoestima seja abalada. "Nunca me senti inferior. Na música 'Luísa Manequim', falo que "até feia eu sou bonita". Mas cheguei a perder quase completamente o cuidado comigo. Só não perdi porque, pela carreira, eu precisava estar maquiada, bem-vestida. Quando comecei a me curar da depressão, voltei a cuidar do cabelo, da pele...", acrescentou.
A dona do single "Chico" está namorando no momento Luis Ribeirinho. Bissexual assumida, ela comentou a respeito dos rótulos que pessoas bissexuais sofrem por assumir compromissos com pessoas do sexo oposto.
"Agora, estou namorando. Então, nem penso nisso. Mas já me apaixonei, já tive casos com mulheres. Não falo tanto sobre isso porque temo descontextualizarem. Há uma pressão, as pessoas rotulam, falam que sou "bi de festinha". Sempre tendenciei a me relacionar com homens até pelo preconceito da minha família, por medo de muita coisa. Acabamos bloqueando sentimentos. Porém, agora estou feliz", disse.
Luísa Sonza também comentou sobre pautas importantes que aconteceram ao longo do mês, como por exemplo o projeto de lei que equipara aborto a homicídio. "É um retrocesso que me deixa chocada. O Estado é laico, então ter uma bancada religiosa, uma bancada evangélica, é um absurdo. Um desrespeito inclusive com as outras religiões. Cada um pode ter a sua fé. Só que não tem que interferir na saúde pública", disparou.
Além disso, comentou sobre a descriminalização das drogas no Brasil e revelou se é ou não a favor: "Não tem como comparar. O Brasil tem suas próprias questões. Porém, devemos sim analisar como qualquer exemplo bom pode ser aplicado na nossa realidade. Sou a favor da regulamentação, principalmente da cannabis. Isso deve ser debatido para diminuir a criminalidade e beneficiar os casos medicinais. A bebida é extremamente prejudicial, vicia, destrói vidas e está regulamentada. A criminalização das drogas é algo muito hipócrita e mercadológico também".