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Richard Gere é um nome que ressoa em Hollywood há décadas, principalmente devido ao seu papel icônico em "Uma Linda Mulher". Contudo, o ator já declarou que preferiria não ter participado desse filme.
Gere, que começou sua carreira quase 50 anos atrás, ainda é uma presença reconhecida na indústria cinematográfica, embora sua participação nas telas tenha diminuído nos últimos anos. Sua descoberta no cinema veio com "Gigolô Americano", lançado em 1980, marcando um ponto de virada em sua carreira.
No entanto, o marido de Alejandra Silva, com quem ele tem mais de 30 anos de diferença, acredita que sua carreira caiu em uma espécie de estagnação nos anos seguintes, mesmo com sucessos comerciais posteriores.
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Em uma entrevista de 1993, Richard Gere expressou seu desinteresse pelos roteiros de "Uma Linda Mulher" e "A Força do Destino". Ambos os filmes foram apresentados a ele por Jeffrey Katzenberg, um produtor proeminente da Paramount e posteriormente da Disney.
Gere já havia se afastado do cinema por um tempo, buscando explorar novas oportunidades, mas percebeu que essas escolhas impactaram negativamente sua carreira, dificultando a chegada de novos roteiros. Para ele, "Uma Linda Mulher" foi um projeto que não agregou valor à sua trajetória, apesar de seu sucesso junto ao público.
Uma Linda Mulher é algo que eu nunca teria feito. Muito menos A Força do Destino. Eu não tinha absolutamente nenhum interesse nesses roteiros. Foi a mesma pessoa que bateu em minha porta em ambos os casos. [O produtor] Jeffrey Katzenberg, que trabalhou primeiro na Paramount e depois na Disney, que foi um dos meus primeiros amigos aqui e ainda é.
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“Na época de 'Uma Linda Mulher', eu já estava fora de cena há algum tempo. Eu havia dito conscientemente: ‘estou saindo para fazer outras coisas’. E eu estraguei minha carreira a ponto de quase ninguém dizer: ‘vamos chamar o Gere para fazer isso’. Tive de rastejar um pouco para conseguir propostas de roteiros”, acrescentou.
Apesar de sua hesitação inicial, "Justiça Cega" é um filme que Gere olha com carinho. Lançado em 1990, esse thriller policial foi uma aposta arriscada, mas acabou sendo uma experiência gratificante e, em sua opinião, um dos melhores trabalhos de sua carreira.
“Foi uma decisão muito difícil para mim, porque poderia ter sido uma grande porcaria. Felizmente, acabou sendo um dos meus filmes favoritos e também uma das minhas melhores experiências", declarou.
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Recentemente, Gere trabalhou em "Oh, Canada", um filme que estreou mundialmente no Festival de Cannes. Este projeto reuniu-o com Paul Schrader, diretor de "Gigolô Americano".
O retorno às telas após um hiato de 40 anos com Schrader demonstra o desejo de Gere de trabalhar com diretores que ele admira e com quem mantém uma relação criativa produtiva. No entanto, ainda não há previsão de lançamento do filme no Brasil, o que mantém os fãs à espera de mais uma atuação promissora do ator.