Com a leucemia estabilizada, Susana Vieira lembrou o tratamento contra a doença em entrevista à Poliana Abrita no "Fantástico" deste domingo (18). No programa, a veterana relatou a fase mais difícil da luta contra a doença, quando ficou 10 dias internada em um Centro de Terapia Intensiva (CTI): "Vocês não sabem o que é. Tiveram que trocar fralda em mim porque eu não podia levantar. Quando eu me vi assim tão exibida, vaidosa, dona de mim, 'senhora do destino', rainha de bateria, com uma enfermeira tendo que trocar minha fralda, isso foi muito pesado. Aí bateu e eu vi que estava doente".
Segundo a atriz, sua nora, Kathelyn, foi seu suporte durante a luta contra a doença: "Meu filho tem um bom humor, mas ele estava preocupado. Eis que surge minha nova nora, a serelepe da Kathelyn, esse anjinho querido, de minissaia, e ficou do meu lado. Ela tranquilizou a mim e ao meu filho porque ela nunca me falava da doença. Ela começou a me manter viva. Pude colocar pra fora a criança que tem em mim e nunca deixou de existir. A gente botou abaixo aquele CTI".
Susana, com planos de retornar à TV em 2019, entregou que seu maior medo ao descobrir a leucemia foi perder o cabelo: "Se eu conto para as pessoas, pode parecer futilidade. Cabelo pra nós é algo tão importante que só nós sabemos. [perder o cabelo] Significa o carimbo da doença câncer". O temor continua até hoje: "Eu boto megahair e fico com medo cada vez que cai um pedaço. Eu já fico louca achando que é o mega junto com meu cabelo". Para finalizar, a veterana admitiu que temia ficar dependente da família e brincou sobre a morte: "Quando você fica doente, existe um medo de ficar dependente, do desemprego, da solidão, existe a vergonha de você ficar doente. O que eu mais me gabava na vida era ter saúde. Eu batia no peito e falava. Tenho pavor de morrer. Eu acho que se a morte chegar eu vou esbofeteá-la".
(Por Tatiana Mariano)