Uma semana após a indiana Manushi Chhillar vencer o Miss Mundo, a sul-africana Demi-Leigh Nel-Peters, de 22 anos, foi eleita Miss Universo 2017 na madrugada desta segunda-feira (27), em Las Vegas, nos Estados Unidos. A representante da África do Sul recebeu a coroa das mãos de Iris Mittenaere, eleita Miss Universo em 2016. Esta é a segunda vencedora da África do Sul. A primeira foi coroada em 1978. A Miss Colômbia, Laura González Ospina, ficou em segundo lugar, e a Miss Jamaica, Davina Bennett, em terceiro.
Formada em Administração de Empresas pela Universidade North West, Demi-Leigh criou um programa que ensina autodefesa para mulheres depois de sofrer um sequestro pouco antes de ser escolhida como Miss. Em vídeo exibido no concurso, ela revelou que lutou contra o criminoso para fugir. A sul-africana tem intenção de expandir o ensino com workshops pelo mundo.
A brasileira Monalysa Alcântara, que homenageou a Amazônia com um look de R$ 30 mil, ficou entre as top 10 do concurso. No evento, a piauiense desfilou com naked dress vermelho assinado por Glória Coelho. Ao Purepeople, Monalysa destacou a importância do posto: "Com esse título eu posso representar milhares de brasileiros e também as mulheres negras. Eu sempre quis combater o preconceito racial, lutar contra as minorias e agora eu tenho representatividade".
No "Encontro com Fátima Bernardes", em agosto, logo depois de ser coroada Miss Brasil, Monalysa minimizou os ataques racistas sofridos na internet: "Eu imaginava que isso ia acontecer. Sou bem preparada para isso e já aconteceu muito na minha vida". "As pessoas sempre duvidavam de mim. Enfim, já estava acostumada com esses ataques. Mas quando entrei e virei Miss Brasil essa proporção foi bem maior, sabe? A minha família viu isso. Claro que machuca! Você vê que existe um preconceito tão tolo ainda no Brasil. Claro que fiquei um pouco chateada mas isso não me fere não, sinceramente. Sou muito alegre", completou.
(Por Tatiana Mariano)