O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) voltou a virar assunto nas redes sociais neste domingo (3), quando recebeu uma série de mensagens de apoio de internautas após a polêmica na CPI da Covid. Em uma reportagem no "Fantástico" sobre o caso, Fabiano apareceu ao lado do marido, um fisioterapeuta, e os dois filhos. Na matéria, ele mostrou querer inspirar positivamente a sociedade.
"Quem nós somos? Nós somos seus jornalistas, seus médicos, seus fisioterapeutas, seus políticos, nós somos seus policiais, nós somos seus professores, nós somos seus pedreiros, nós vivemos com vocês, nós cuidamos de vocês, nós amamos vocês. Apenas pedimos que nos deixem viver com dignidade. É só isso", afirmou na reportagem, referindo-se à comunidade LGBTQIA+.
Contarato, que também é delegado e professor de direito, agradeceu pelo carinho e apoio pouco depois da exibição da matéria. Ele postou uma foto da família no Twitter e escreveu: "Com eles eu encontro a força necessária para seguir. E, mais do que nunca, gostaríamos de agradecer pelo apoio que recebemos nos últimos dias", afirmou.
"Nosso sonho é que nenhuma outra família tenha que passar pelo que passamos. Homofobia não passará! Com amor e coragem, seguiremos", garantiu o político na rede social.
Na sessão da CPI da Covid da última quinta-feira (30), Contarato pediu para ter a palavra e expôs um comentário feito pelo empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, então depoente naquele dia. O comentário em questão era uma piada de Otávio, feita em maio, sobre a orientação sexual do senador
Na ocasião, Contarato escreveu um primeiro tweet com a palavra "flagrancial", que origina do termo "flagrante". O senador, no entanto, acabou escrevendo "fragrancial" no lugar, por causa de um erro de digitação. Essa última palavra, aliás, não existe na língua portuguesa.
Na sequência, no mesmo dia, Otávio repostou a mensagem e comentou por cima, associando o termo "fragrancial" a "fragrância", que denota cheiro: "O delegado [Fabiano], homossexual assumido, talvez estivesse pensando no perfume de alguma pessoa dali daquele plenário... Quem seria o 'perfumado' que lhe cativou?", questionou.
Em um discurso longo e apoiado por senadores de esquerda e de direita, Contarato lamentou a situação: "O senhor [Otávio] não é um adolescente (...) A certidão de casamento que o senhor tem, eu também tenho", declarou.