Na novela "Apocalipse", Laís Pinho é alvo de chantagem de HD (Paulo Vilela) depois que o hacker tem acesso aos nudes enviados por sua Talita para Guto (Ronny Kriwat), seu paquera. A atriz de 21 anos descarta repetir a atitude de sua personagem na trama de Vivian de Oliveira. "Não acho legal enviar nudes. A gente nunca sabe quem são as pessoas", explica ao Purepeople. Em seu décimo trabalho na TV, a jovem comemora o polêmico papel. "Me senti muito honrada em representar esse tema. Muitas jovens passam por isso e até chegam a cometer o suicídio. Quero mostrar na pele da minha personagem que existe solução", aponta.
Com passagem por "Malhação", assim como outros nomes do elenco, a atriz aponta alguns defeitos da sua personagem, filha da médica Estela (Lisandra Souto) e do administrador Henrique (Sandro Rocha). "A Talita é mais jovem que eu, imatura, impulsiva, inconsequente e extremista, como a maioria dos adolescentes", enumera. Para Laís, o momento atual da personagem é dar um basta na situação. "A Talita está emocionalmente abalada e tudo que ela quer é acabar com esse pesadelo", diz a jovem, que minimizou cenas de nudez e sexo ao atuar em "Império" (2015).
No folhetim da Record TV, que será encurtado em 60 capítulos, a irmã de Bruno (Bruno Guedes) cresce sem ter os pais vigiando cada passo seu e quase sempre só é repreendida pela empregada Esmirna (Adriana Londoño). "A Talita já aceitou e até mesmo enxerga o lado bom de ter a ausência dos pais", afirma. "Mas, no fundo, ela gostaria sim de mais carinho (por parte dos pais). E, por falta de orientação acaba aprendendo sozinha e sofrendo as consequências dos seus atos", pondera. Além da polêmica dos nudes e das profecias do fim do mundo, a novela aborda ainda a violência doméstica.
E Laís vê uma certa semelhança consigo mesma. "Acho que, talvez, me identifique com ela quando eu tinha 15 anos. Hoje, como mulher, vejo que nos nossos erros sempre podemos tirar um aprendizado e erguer forças para recomeçar", aponta. "Eu tive minhas rebeldias, sim. Mas nessa fase da vida (adolescência) acho que é natural mesmo, nada demais também", completa. "Porém, a minha relação com meus pais sempre foi muito próxima", finaliza.
(Por Guilherme Guidorizzi)