Aos 30 anos, Rodrigo Andrade vive uma fase de amadurecimento pessoal e profissional. Em cena como o Daniel de "Amor à Vida", o ator tem recebido elogios pela composição do inseguro fisiterapeuta Daniel, que vive um romance entre idas e vindas com a gordinha e ex-virgem Pérsefone (Fabiana Karla). O casal se separou ao longo da trama, mas caiu no gosto popular e já conta com torcida fervorosa dos fãs para que tenha um final feliz. "Nunca levei nenhuma bronca pelo Daniel nas ruas. Todos torcem para uma reconciliação do casal", afirma Rodrigo, que desde outubro namora a empresária Joyce de Paulo.
Rodrigo jura que ainda não sabe qual será o desfecho do personagem, mas agradece - e muito! - a visibilidade que ele tem lhe dado. Por causa do tipo criado por Walcyr Carrasco, inclusive, ao ator foi alçado ao posto de galã. E aproveitando o bom momento profissional, Rodrigo resolveu investir em uma paixão antiga: a música. Ele acaba de lançar o CD "30 anos". "Não pretendo parar de atuar nunca e nem dar menos atenção a música", garante.
Para dar conta dos compromissos profissionais, ele conta com a ajuda do amigo Caio Castro, com quem divide uma casa de 350 metros quadrados desde agosto de 2013. "Tem coisa melhor do que dividir a casa com alguém que seja amigo?", diz Rodrigo, que sai pela tangente quando é questionado sobre a frequência de mulheres em seu imóvel. "A Joyce é sempre muito bem-vinda."
Confira a entrevista com o ator:
Purepeople: Como tem sido a repercussão do seu personagem nas ruas? Já levou bronca ou apanhou de alguma gordinha?
Rodrigo Andrade: Tem sido legal demais! Recebo carinho de todos que chegam pra falar qualquer coisa, nunca levei nenhuma bronca pelo Daniel... O que mais percebo é uma torcida geral pela reconciliação do casal. Já quando fiz o Berto (da minissérie "Gabriela") levei várias broncas, com razão! (risos)
Purepeople: Você já namorou alguém muito acima do peso?
RA: Tive poucas namoradas e, por acaso, nenhuma delas estava acima do peso. Mas não acho que isso seja determinante pra uma relação. Tem mil outras coisas muito mais importantes. Fora que acho esquisito acreditar que existe uma fórmula ou um tipo para quem você vai amar e gostar. Isso é uma coisa que simplesmente acontece normalmente e quando não se espera.
Purepeople: Tem recebido muita cantada das gordinhas?
RA: O personagem tem me rendido um contato com o público enorme, as pessoas se sentem à vontade de chegar, manifestar sua opinião e acho isso super recompensador. Recebo umas cantadas de vez em quando, esporádicas mesmo. Não é essa coisa toda que imaginam... E quando rolam, não é com um estereótipo específico, não.
Purepeople: Você completou 30 anos. Como se sente balzaquiano?
RA: Não senti nenhuma grande diferença dos 29 para os 30, nenhum peso nisso. Acho que não existe um momento em que as coisas mudam simplesmente por causa de um número... Acredito em um amadurecimento natural.
Purepeople: Como se descobriu cantor?RA: Meu avô era cantor sertanejo e aos 7 anos ele me deu meu primeiro violão. Desde então, nunca mais vivi sem música. Antes de ser ator cantei em muitos bares e quermesses. Já havia gravado um CD independente antes de "30 anos". A ideia era mesmo que mais pra frente meu trabalho chegasse aos ouvidos de alguém que investisse, e foi o que aconteceu... Hoje tenho uma gravadora e um super time comigo a quem agradeço muito.
Purepeople: Pretende conciliar a carreira de ator com a de cantor?
RA: Quando você curte muito o que faz o dia parece que passa a ter 27 horas, e é isso o que acontece comigo. Não pretendo parar de atuar nunca e nem dar menos atenção a essa outra paixão que é a música. Durante esse ano, estive envolvido com a estruturação profissional da minha carreira musical, fazendo shows, gravando as músicas do CD, e ao mesmo tempo vivendo um personagem muito legal em "Amor à Vida".
Purepeople: Por que decidiu morar com Caio Castro?
RA: Somos muito amigos e em determinado momento os dois queriam se mudar. Então acabamos unindo o útil ao agradável... Tem coisa melhor do que dividir a casa com alguém que seja amigo?
Purepeople: Como vocês organizam o dia a dia?
RA: O meu dia fica sempre na dependência do roteiro de gravações e das viagens que preciso fazer a trabalho. Dentro disso, eu também cuido da minha carreira de cantor e arrumo tempo pra malhar, namorar, estudar roteiro... Sempre encontro tempo para fazer as coisas que gosto. O Caio também tem muitos compromissos profissionais, o que faz com que, às vezes, a gente nem se encontre.
Purepeople: Recentemente você disse que ficou morrendo de vergonha quando Caio estacionou o seu carro em frente à garagem de um vizinho. Rolam muitas 'mancadas como esta'?
RA: É verdade... Mas, realmente, só me lembro dessa vez dele ter me deixado constrangido. Mas valeu por umas 5, viu? (risos)
Purepeople: Como são as regras de convivência entre vocês?
RA: Acho que não são necessárias regras quando se tem bom senso. Não temos regras estabelecidas, acho que as regras em qualquer amizade são parceria e respeito. Tenho muita sorte de ter feito pela vida tantos amigos com quem sei que posso contar realmente e vice versa, o Caio é um deles!
Purepeople: Uma casa de homens costuma ser muito bagunçada. Quem é o mais organizado?
RA: Eu não sou muito organizado, o Caio é. Todo dia de manhã ele tem a cama dele arrumada, eu acordava via a dele arrumada e a minha toda zoneada e confesso que, às vezes, até voltava pra arrumar um pouco minha bagunça (risos). Nessa correria do dia a dia e roteiro apertado de gravações na maior parte dos dias a gente chega bem cansado, foi super importante contratarmos alguém pra nos ajudar no quesito faxina, pois isso salva nossa vida. Chegar e encontrar a casa limpa e cheirosa é bom demais.
Purepeople: Podem levar mulher pra casa?
RA: A Joyce é sempre super bem-vinda, ela é de casa também!
Purepeople: Rolam muitas festas?
RA: Festanças, não! Rolam mais reuniões com os amigos, pra ouvir uma música, tocar um violão... Toda vez que a gente se reúne com os amigos é imperdível fica até difícil apontar uma vez que foi mais maneira do que a outra.
Purepeople: É melhor morar com um amigo do que com uma mulher?
RA: É bem diferente. Então, nesse caso, acho que o "melhor ou pior" depende do momento de cada um.
Purepeople: Já pensa em se casar?
RA: Com certeza! Eu sempre fui um cara família, que valoriza muito estar perto dos familiares, pais, avós, primos... Manter esses laços bem vivos e isso se estende à vontade de constituir também a minha, com certeza!
(Por Renata Mendonça)