Dieta low carb, da proteína ou cetogênica? Os três métodos de emagrecimento, que podem ser aliados ao método do jejum intermitente, têm um grande ponto em comum: a redução no consumo de carboidratos. Na hora de escolher qual técnica se encaixa melhor aos seus objetivos, é essencial ter em mente os princípios e a alimentação de cada uma. Por isso, o Purepeople conversou com a nutricionista Vitoria Falcão e conta as especificidades das três dietas!
Popular entre famosos como Ingrid Guimarães, a dieta low carb é um método de perda de peso baseado na baixa ingestão de carboidratos. Segundo a profissional, a média de consumo indicada varia entre 30 a 50 gramas. "A ideia é manter níveis baixos de insulina para que ocorra a lipólise, isto é, a queima de gordura corporal", explica. Saladas, verduras e legumes devem formar a base da dieta, mas proteínas e alimentos ricos em gordura como abacate, nozes, coco e azeite também são necessários. Por outro lado, cortar totalmente os carboidratos do dia a dia é um erro: "Muitas pessoas eliminam esses alimentos e acabam consumindo mais proteína animal, o que foge do conceito original da dieta". Diabetes e síndrome do ovário policístico são algumas das patologistas tratadas por essa estratégia de emagrecimento.
Como o próprio nome já diz, a dieta da proteína prioriza o consumo de alimentos ricos em proteína, geralmente a animal, para o emagrecimento. Embora a restrição ao carboidrato seja mais severa - abaixo do limite mínimo de 30 gramas aceito no método low carb - nesse tipo de alimentação, as proteínas com alto teor de gordura são bem-vindas, de acordo com a profissional. Picanha, costela e carnes de porco, por exemplo, são permitidas e devem ser consumidas com regularidade na dieta da proteína. Já para carnes magras, como peito de frango, a sugestão da nutricionista é acrescentar uma fonte de gordura como manteiga. O importante é manter uma rotina e planejar a alimentação com antecedência para evitar armadilhas.
A dieta cetogênica é similar à da proteína, mas tem como base da alimentação o consumo de gorduras boas - que pode chegar até 70% do cardápio de quem adere ao método. Azeite de oliva, óleo de coco, manteiga ghee, banha de corpo e abacate são alguns exemplos. Fontes proteicas como queijos, ovos e carnes não processadas são permitidas em razão da quantidade de gordura em sua composição. Oleoginosas podem ser consumidas, porém cuidado é fundamental. Atenção especial ao carboidrato: ele não deve ser completamente eliminado, mas deve vir de vegetais verdes como couve, espinafre e brócolis.
Dietas do tipo low carb, da proteína e cetogênica costumam ser mais restritivas e, por isso, têm tempo limitado - o que faz as pessoas seguirem um cronograma com dia e hora para acabar. Para a nutricionista, essas técnicas de emagrecimento acabam virando um regime alimentar com fim puramente estético, sem priorizar a vontade e o paladar de seus adeptos. "Foco em bem-estar e saúde; a parte física é um reflexo da distribuição adequada de todos os macronutrientes ao longo do dia", defende.
(Por Bruna Vilar)