Noivo de Marina Ruy Barbosa, Abdul Fares está envolvido em um imbróglio judicial com o pai, Jamel, um dos sócios-fundadores da Marabraz. Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo, o herdeiro moveu uma ação para interditar o genitor.
Abdul alega que Jamel tem diversos problemas de saúde, como depressão profunda, cardiopatia grave, dependência química de medicamentos controlados, além de um quadro de agressividade, atestados por relatórios psiquiátricos e neurológicos. Por isso, ele pede a curatela e a internação do pai.
O processo foi descoberto por acaso por Jamel em uma busca ativa que a assessoria jurídica do grupo faz normalmente. O dono da Marabraz abriu uma petição no último dia 05, onde acusa o filho de falsidade ideológica e o define como “ingrato e parasita”.
Esse é mais um passo da batalha judicial que envolve a holding da família, a LP Administradora. Todo o patrimônio familiar está alocado nesta matriz, que está em nome dos seis filhos dos três fundadores da Marabraz. A transferência para os herdeiros aconteceu em 2011, como uma estratégia de blindagem patrimonial.
Jamel e o irmão, Nasser, que administra o grupo Marabraz, entraram com um processo cível na Justiça de São Paulo para reaver ações da holding. A estratégia funcionou bem nos primeiros anos, mas discordâncias dos mais velhos com os filhos causaram muito mal-estar. Alguns dos herdeiros têm “estilo nababesco”, segundo pessoas ligadas à família relataram à Folha. O desenrolar da ação terminou com uma queixa-crime contra o noivo de Marina.
Abdul é descrito como alguém que leva um estilo de vida "digno de um potentado árabe". O processo movido pelo pai também destaca a rotina de luxo que ele leva com Marina e faz citações ao anel de 1 milhão de dólares que ela ganhou de presente e à viagem de noivado em um jatinho particular para Dubai.
"Nos últimos dois anos e meio, Abdul torrou em despesas pessoais pelo menos R$ 22,5 milhões com recursos que pertencem às empresas da família, em viagens de jatinho, aquisição de helicópteros, compra de diamantes no valor de milhões de reais para presentear sua noiva, entre outras indulgências", acusa a defesa de Jamel na queixa-crime.
Abdul é acusado de usar rendas da holding da família para custear tais luxos. "Abdul Fares não tem renda própria. Todas as suas despesas pessoais, mais apropriadas à corte inteira de um sultanato do que a de um indivíduo solteiro, são pagas exclusivamente pelas rendas de aluguel dos imóveis da família Fares que estão alocados na LP Administradora", completa a defesa.