Uma decisão do desembargador Gilberto Dutra Moreira, da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), mantém Anitta ligada ao escritório K2L Empreendimentos Artísticos. A defesa da cantora recorreu ao magistrado de segunda instância para mudar a decisão anterior da juíza Cintia Souto Machado de Andrade, da 7ª Vara Cível da Barra da Tijuca, mas não teve sucesso.
Em seu parecer, o desembargador apenas confirmou a decisão de primeira instância. Nela, a juíza avaliou que as provas apresentadas pela defesa de Anitta que comprovariam um suposto desvio de R$ 2,5 milhões ainda não são contundentes e terão que ser avaliadas por um perito. Se a veracidade delas for comprovada, uma nova decisão judicial será emitida. Até lá, a cantora segue ligada à K2L. O laudo do perito deve ficar pronto em 30 dias.
A cantora entrou com uma ação judicial pedindo desligamento do casting da K2L sem ter que pagar a multa rescisória de R$ 7 milhões prevista em contrato. Ela pede isso baseada na acusação de que a empresa, que gerenciou sua carreira nos últimos dois anos, teria desviado os tais R$ 2,5 milhões nesse período. Como a rescisão teria sido por justa causa, a defesa alega que a multa não é cabível.
Kamila Fialho, uma das sócias da K2L, nega a fraude. "Em dois anos de serviços realizados com excelência, todas as prestações de contas foram devidamente apresentadas e aprovadas pela artista. Todas as afirmativas são levianas e as provas de fatos contrários aos alegados serão apresentadas em juízo", informa ela, em nota.
A empresária foi uma das mentoras de Anitta no início da carreira. Kamila bancou, por exemplo, a transformação da cantora, que incluiu implante de silicone, rinoplastia, malhação e aulas de teatro, canto e dança.
Ela também foi responsável pelo estouro de Naldo na mídia, com o sucesso "Amor de Chocolate". Ele, assim como Anitta, após o "boom", pediu desligamento com a K2L e assinou contrato com a 9ine, de Ronaldo, para gerenciar sua carreira. Segundo informações publicadas pelo jornal "Extra", Anitta deve seguir o mesmo caminho.
(Por Anderson Dezan)