Pedro Bial passou por cirurgia no coração em setembro de 2016 e correu risco de morrer. Depois do susto, o apresentador decidiu relatar sua experiência com a morte em um livro. "Me deu pena, me deu um dó de ir embora tão cedo, a festa está boa, e eu nem aprendi a dançar ainda. Mas desde então eu estou pensando muito nisso, escrevendo sobre isso, fui provocado pelo Drauzio (Varella, médico) que escrevesse sobre a experiência", explicou no programa "A Arte do Encontro", que será exibido na quarta-feira (8), no Canal Brasil.
No papo com Bárbara Paz, o jornalista, prestes a ser pai de uma menina, disse que sua primeira experiência com a morte foi cedo: "Eu fui apresentado a ela quando meu pai morreu, eu era muito moleque, me senti muito traído, abandonado, enganado", lembrou. "Vou falar de algo mais recente, comigo, tive uma coisa no coração, fiz uma cirurgia, e essa dama indesejada da gente apareceu na minha frente, e eu depois de ter muito medo e depois desse medo ser tão grande que se revelou inútil - porque o medo quando ocupa todos os espaços não serve mais para nada", completou.
Bial admitiu na conversa que não possui fé: "Eu não acredito em p**** nenhuma, aí não posso dizer que tenho fé. E isso é mal de profissão. Eu não conheço nenhum jornalista que acredita em alguma coisa, pelo menos nenhum bom jornalista, e eu me considero um jornalista razoável". Discreto com sua vida nas redes sociais, o apresentador afirmou que possui gratidão: "Eu acho que é o mais próximo da fé, essa coisa de estar grato, porque se eu estou grato por estar vivo, eu deveria estar grato a alguém ou algo, né? É isso que você pode chamar de Deus, mas que eu não chamo".
Perto de completar 60 anos, Pedro já brincou que ia passar a data "trocando fraldas". Na entrevista, o jornalista garantiu que está satisfeito com a vida: "Eu sempre fui muito ansioso, isso está um pouquinho melhor, estou um pouquinho mais calmo, neste sentido está bom, olho pra trás sou uma pessoa melhor de quando era jovem, não está ruim não".
(Por Tatiana Mariano)