As buscas de André (Cauã Reymond) acabarão mal no próximo capítulo de "O Caçador". O ex-policial será torturado a sangue frio e o responsável por esse sofrimento será Tony Ramos! Mas calma, não se trata do ator. Esse é o nome do personagem barra pesada vivido por Oscar Magrini, em uma participação especial na série da Rede Globo.
"Ele é um ex-ator de filme pornô, tem uma luxuosa casa de prostituição e se envolve com a máfia russa. O André estará procurando a mulher que meu personagem está pegando, a Laila. Acabo me envolvendo por causa dela", adianta Oscar, em entrevista ao Purepeople.
No capítulo dirigido pelo cineasta Heitor Dhalia ("O Cheiro do Ralo", "Serra Pelada"), André vai entrar no prostíbulo de Tony Ramos e interrogar a mulher que procura, provocando a ira dos mafiosos. O episódio irá ao ar no dia 23 de maio.
"Vão levá-lo para o porão e, ali, começará a tortura. A gente passa a corda no pescoço dele, jogua água na cara com pano. O cara fica sem respirar! É uma cena forte, agonizante", conta Magrini, que só tem elogios a Cauã. "Ele é parceirão em cena. A sequência ficou do cacete".
Homenagem
A escolha do nome do papel - Tony Ramos - foi uma homenagem que o diretor José Alvarenga Jr. quis fazer ao ator homônimo. E, na história, o personagem se aproveita dessa semelhança para lucrar cada vez mais no submundo.
"Quando contrata atrizes para fazer filmes pornôs, ele ilude as meninas dizendo que elas irão trabalhar com o ator da Globo", diz Magrini, rindo. "É uma figura estilosa, se veste no estilo anos 70, meio John Travolta".
E o universo dos filmes eróticos não era algo desconhecido para Magrini, antes dele fazer esse papel. Na juventude, o ator foi dono de uma videolocadora em Santos (SP) e, por isso, já assistiu muitas produções desse gênero. "Tinha que comprar os filmes, então conhecia bem o que saía no mercado", relembra ele, que faz crítica ao mercado pornográfico atual.
"Os chefões têm dinheiro, contratam mulheres bonitas e homens garanhões, mas faltam bons roteiros. Tem mulher pelada, sexo e acabou. O que instiga é uma história, o proibido. O tesão vem daí, mas é tudo explícito demais", opina ele, que não aceitaria uma proposta para assinar um roteiro deste tipo. "Me converti à religião evangélica há muito tempo e isso não tem nada a ver com meu universo".
(Por Anderson Dezan)