A influencer Karol Eller, de 36 anos, morreu de maneira trágica em São Paulo na noite desta quinta-feira (12). Karol teria chegado a se despedir dos internautas em mensagem postada no Stories do Instagram e se desculpar por uma possível atitude. "Perdi a guerra!", diz o texto. O caso faz lembrar a morte da ex-jogadora de vôlei Waleska Oliveira, que caiu de um prédio há cerca de quatro semanas.
Alerta gatilho: Se você perceber que está extremamente sobrecarregado, ansioso, depressivo ou pensando em se machucar, procure seu médico, psicólogo ou familiar e não esqueça do CVV - Centro de Valorização da Vida (ligue 188)
A postagem trazia ainda o endereço no qual Karol estava, alertando o Corpo de Bombeiros. "Me perdoem por causar toda essa dor aos que me amam! Se cuidem por aqui. Que sua história seja 'docente dancinha', mas eu tentei!", diz a mensagem aos seus mais de 652 mil seguidores. Por volta de 1h, a morte de Karol foi anunciada na rede social, repostando comunicado do deputado Paulo Mansur:
"É com muito pesar que confirmamos o falecimento de Karol Eller. A dor é inexplicável. Apenas pedimos oração pelos seus familiares nesse momento". A trágica morte de Karol é mais uma a abalar o Brasil em 2023 após as perdas de nomes como Rita Lee, Roberto Dinamite e Gloria Maria, e foi lamentada por políticos da direita brasileira como a senadora Damares Alves e o deputado federal Nikolas Ferreira.
No seu feed de Instagram, a última postagem pedia oração pela paz no mundo e condenava os ataques terroristas do grupo extremista Hamas em Israel. O novo confronto começou no último dia 7, já deixou quase três mil mortos, fez Gabriela Duarte ter que deixar às pressas o país ao lado dos filhos, e pegou de surpresa o pai de Alok, com quem o DJ se reencontrou nesta semana de maneira emocionante.
Apoiadora do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Karol Eller no último mês esteve em um retiro espiritual e no retorno revelado o início de um processo para renunciar à orientação sexual - a influencer era assumidamente lésbica. Em 2019, relatou ataque homofóbico em praia do Rio de Janeiro, porém teve sua versão contestada pelas autoridades que investigaram o caso.
Prima da cantor Cássia Eller, Flávia Caroline Andrade Eller chegou a assumir um cargo na Empresa Brasileira de Comunicação também em 2019 (seria exonerada no começo deste ano) e a agradecer o apoio do ex-presidente. "Para mim, o Bolsonaro foi a única pessoa que defendeu minha história. Eu tentava contar e ninguém me ouvia", frisou.
No seu Instagram, Karol que era ainda youtuber compartilhou várias fotos e vídeos sendo abraçada por Bolsonaro e posando com ele e nomes ligados à direita. Ela também fez críticas à greve dos metroviários em São Paulo e ao governador do Rio Grande do Sul por aparecer em um show durante a tragédia das chuvas naquele estado. Karol apoiou ainda a eleição de pessoas identificadas como de direita nos conselhos tutelares.
Karol chegou a repetir que não falava em nome da comunidade LGBTQIAPN+ e classificou homofobia, preconceito e conservadorismo como expressões distintas. "Homofobia é alguém que não suporta alguém, ela é agressiva. Preconceito é quando você tem o pré-conceito da figura do gay. E conservadorismo é quando você não tem nenhum preconceito, mas também você não quer para o seu filho. Que pai que quer ter o filho gay?", perguntou.