A novela inédita das nove, "Um Lugar ao Sol", estreia nesta segunda-feira (8) trazendo Ana Beatriz Nogueira como Elenice, mãe adotiva de Christofer/Renato (Cauã Reymond). No começo da trama, embora com boas condições financeiras a mulher de José Renato (Rafael Primot/Genezio de Barros) recusa adotar também Christian (Cauã Reymond) por conta da saúde frágil da criança.
A personagem criada por Lícia Manzo faz lembrar Eva, vivida pela mesma atriz em "A Vida da Gente" (2011/2012), da mesma autora e que desprezava uma das filhas. "Nós estamos falando de algumas personagens que podem ser feitas outras vezes e de outras maneiras. São mulheres fora da curva e de um egoísmo incomum que não veem o outro. Veem só o seu desejo projetado no outro", resumiu em conversa com a imprensa.
"A Elenice já despreza no berço. No primeiro capítulo já pega o bebê que está legal e nem vê o que não está bom. E na 'Vida da Gente' você vê isso acontecer na fase adulta", continua Ana Beatriz, apontando que Eva e Elenice possuem pontos que as afastam uma da outra. "Pessoas com características semelhantes podem ser absolutamente diferentes", defende.
A intérprete da vilã da trama das nove que abordará uma série de temas como a sexualidade na terceira idade acredita que o momento de vida do ator contribui para construção de tipos diferentes embora com características iguais. "E como você se aproxima ou demonstra ou passa por você isso tudo, até porque você está caminhando enquanto o tempo passa", inicia.
"Então o que você lê em um momento (depois) você já não é mais a mesma criatura. Também está em movimento e tem um novo olhar sob algumas questões ou novas questões em relação àquela questão", prossegue.
Para Ana Beatriz, sua nova personagem traz ainda um lado divertido no meio do drama. "A Elenice tem uma característica do trabalho da Lícia que acho maravilhosa é o humor que ela tem. Mesmo em situações dramáticas, não é o humor de tirada é o humor de situação quando a situação beira o absurdo", aponta.
E segue indicando o que afasta Eva de Elenice. "Ela se arrisca mais, improvisa perigosamente na vida. A Elenice cria situações que são pensadas até a página dois. E o resto é improviso. Ela se flagra em situações que ela mesma tem que sair o tempo todo", adianta.
"A Elenice faz uma confusão, o que traz uma empatia. Não é tão boa de cálculo", continua. A atriz aponta ainda os novos colegas de trabalho e outros ambientes como fatores que a fazem achar um tom diferente para Elenice em comparação a Eva.