O último capítulo da novela "Órfãos da Terra" movimentou as redes sociais: a trama de Duca Rachid e Thelma Guedes - substituída a partir de segunda-feira (30) por "Éramos Seis", nova versão da novela considerada um clássico da dramaturgia brasileira - foi um dos assuntos comentados no Twitter nesta sexta-feira (27). A morte da vilã Dalila (Alice Wegmann), que começou a ser exibida no penúltimo capítulo - foi um dos assuntos que mais repercutiu. "Por que não mostraram exatamente a morte de Dalila?", questionou um. "Era pra Dalila ter morrido hoje", opinou outro. "Eu não queria que Dalila morresse, não faz o menor sentido, mas tudo bem", registrou um terceiro. A personagem, nesta sexta, apareceu já tendo seu corpo banhado pela avó, Rânia (Eliane Giardini) e Farouz (Yasmin Garcez).
O desfecho de Fauza (Kaysar Dadour ) recebeu elogios dos espectadores: o ex-comparsa da vilã mudou graças ao amor por Santinha (Cristiane Amorim) e se casou com ela quando estava no regime semi-aberto por cumprir por seus crimes. "Agora Fauze, Santinha e Fauzinho são uma família linda", "Melhor parte da novela e a Santinha e o Fauze, 'meu habibo'" e "Kaysar brilhou como Fauze" foram algum dos comentários sobre o ator que trouxe da vida real a experiência como refugiado.
A decisão das autoras para a mãe de Laila (Julia Dalavia), no entanto, não agradou. Missade (Ana Cecília Costa) e Elias (Marco Ricca) voltaram juntos para a Síria e ela desistiu do romance com o Padre Zoran (Angelo Coimbra). "Aff , Missade ficou mesmo com o Elias", reclamou uma espectadora. "Não me conformo da Missade estar com o Elias depois de um milhão de traições", ratificou outra. "Missade ficar com Elias é o auge dos auges dos auges da falta de noção", escreveu mais uma. Nas sequências finais, houve ainda um desfile com refugiados que rendeu memes de admiração do público.
A cena final de "Órfãos da Terra" foi com elenco e produção da novela segurando fotos de seus familiares que vieram de diferentes países do mundo. No discurso de Laila, ela destacou a miscigenação do Brasil e pediu o fim da discriminação de refugiados a nível global. "Que o Brasil continue sendo esse país acolhedor, com pessoas que praticam a empatia, a solidariedade, o respeito às diferenças e o amor, que esse país que é um grande caldeirão de raças inspire o mundo. Que não existam mais fronteiras fechadas, crianças sem pais, barcos sem portos para atracar, bombas que matam e incêndios que destroem memórias e culturas em nome da ganância e da intolerância. Que não existam mais gases lacrimogênios e sprays de pimenta, que ardem, cegam e nos impedem de enxergar o outro. Que não se faça noite em pleno dia", afirmou a protagonista, listando as diferentes etnias: "Que angolanos, curdos, ciganos, bolivianos, tibetanos, palestinos, congoleses, indígenas, filipinas, sírios, cristãos, judeus, muçulmanos de Mianmar deixem de ser orfãos e possam ser todos filhos dessa terra". A pluralidade também foi vista no encerramento, quando a palavra "Fim" foi exibida em diferentes línguas. Confira abaixo!